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Melhores métricas para se analisar uma empresa (Parte I)

No Suno Call de hoje, abordarei algumas métricas que um investidor deveria analisar em uma empresa antes de investir. Tais métricas fazem parte da estratégia de um investidor britânico: Terry Smith, fundador do Fundsmith, sendo consideradas por ele as melhores para se analisar uma empresa.

Terry possui bons ensinamentos, e já foi até chamado por alguns de “Warren Buffett da Inglaterra”, uma vez que seu fundo vem performando com bons retornos desde sua concepção. Vale ressaltar que os bons resultados são graças a uma estratégia que é baseada naquela utilizada por Buffett.

Ao final, ficará nítido que podemos afirmar que tal estratégia se resume a comprar boas empresas, sem pagar muito por elas, ao mesmo tempo em que devem ser mantidas no portfólio para o longo prazo. Em outras palavras, trata-se do buy and hold.

A principal diferença na abordagem de investimentos de Terry Smith com relação a Warren Buffett é que o britânico pode entrar em investimentos de menor liquidez. Isso porque seu fundo gerencia um montante bem menor que o patrimônio da Berkshire Hathaway – que possui mais de US$ 100 bilhões em caixa.

E quais são as métricas que o Warren Buffett da Inglaterra utiliza? Falarei sobre cada uma delas a seguir.

#1 – ROCE (Return on Capital Employed)

Esta métrica, traduzida como retorno sobre o capital empregado é calculada por meio da divisão do EBIT pelo imobilizado somado ao capital de giro. Portanto, este indicador nos diz quanto de lucro operacional a empresa consegue ter, frente aos seus ativos tangíveis.

Apenas empresas que possuem um histórico excelente de alocação de capital possuem essa métrica num patamar interessante. Portanto, filtros que incluem um ROCE elevado tendem a nos mostrar empresas cuja gestão é responsável por realizar um bom trabalho de alocação de capital, o que é bastante desejável.

#2 – Margem Bruta

O segundo critério que Terry Smith observa em seus investimentos é a margem bruta. Para quem não se recorda, a margem bruta é o quanto sobra da receita – em termos percentuais – após pagar os custos de produção.

Por exemplo, se uma empresa fatura 100 reais vendendo seus produtos, que custam 35 reais para serem fabricados, sua margem bruta será de 65%.

Geralmente, empresas que possuem margem bruta elevada provavelmente se enquadram em algum dos dois casos: ou possuem algum tipo de poder de barganha perante o cliente, ou possuem uma estrutura de custos mais competitiva frente à sua concorrência.

#3 – Margem Operacional

O terceiro critério analisado pelo Warren Buffett da Inglaterra também é um indicador de margem, porém um pouco diferente da margem bruta. Nele, são incluídos gastos com administração e despesas de venda e marketing.

Geralmente, empresas que possuem uma margem operacional elevada são aquelas companhias que apresentam uma boa eficiência operacional, ou que possuem vantagens competitivas estruturais, capazes de garantir que elas exerçam preços acima de sua concorrência.

Amanhã, abordarei com detalhes as outras cinco métricas utilizadas por Terry Smith, o “Warren Buffett da Inglaterra”, na estratégia de investimentos de seu fundo. Tal método engloba indicadores interessantes, passíveis de serem utilizados por todo investidor.

 

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