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Fiikipedia: Um dia de cada vez

Fiikipedia

Prof. Baroni – 26 de março de 2020

Um dia de cada vez

Em primeiro lugar, quero convidá-lo para a minha Live logo mais, às 18h, no meu canal do Youtube. Faremos um modelo clássico de perguntas e respostas.

O momento atual irá marcar, aliás, já marcou a história dos mercados brasileiros. Os fundos imobiliários não ficaram de fora da forte correção que tivemos em praticamente todos os ativos listados. O movimento foi agressivo, misturando riscos de curto, médio e longo prazo. A notícia de que a B3 poderia fechar ganhou força e os investidores foram em busca de alguma liquidez que ainda restava.

Quero também fazer um destaque em relação aos Gestores: todos que tive a oportunidade de fazer contato, mesmo neste momento delicado, nos deram atenção e foram muito solícitos.

É cedo fazer qualquer juízo de valor definitivo sobre como os fundos imobiliários irão fechar este ciclo contra a propagação do COVID-19 pelo país, pois não há como dimensionar os efeitos em cascata que poderão ser provocados após o lock-down.

Vidas serão preservas e empregos serão perdidos. Sim, entendo que há um bem maior em tudo isto. As pessoas serão renovadas frente a seus valores.

Note que, mesmo o mais pessimista de todos os investidores, jamais poderia pensar em algo tão intenso do ponto de vista estrutural e uma escala global. A situação é tensa e delicada e teremos de reconstruir o mundo. O tabuleiro de xadrez perdeu a lógica e os movimentos se tornam erráticos. Não é fácil restabelecer a ordem nos mercados, tanto que a volatilidade segue alta em praticamente todas as classes de ativos.

Por sorte, os fundos imobiliários são condomínios fechados, ou seja, não há resgates. Alguns outros fundos estão passando por sérias dificuldades para devolver capital aos cotistas – salve engano, o Governo já começou a intervir, dando liquidez a estes papéis.

O título “Um dia de cada vez” é um fato.

Não há como projetar, com exatidão, cenários para final de abril ou início de maio – sequer sabemos se continuaremos em lock-down. Esta insegurança gera muito desconforto. Some isto ao fato de que, mesmo as boas empresas, poderão atrasar seus aluguéis, até como forma de preservar caixa a fim de transitar pela crise com mais segurança.

O planeta passará por uma grande reavaliação de ativos e renegociações. Possivelmente, tudo será revisto. O momento é delicado e também de oportunidades. No entanto, é difícil assumir, com precisão, quais serão os ativos que terão mais fôlego até o final do ano.

Obviamente, no longo prazo, os bons imóveis sempre irão prevalecer. É bem lembrar que boa parte dos investidores querem respostas dentro de uma faixa temporal mais curta até para que validar suas premissas. É natural ter esta necessidade, mas, agora, o mais importante é procurar preservar seu plano de longo prazo.

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