Fiikipedia
Prof. Baroni – 16 de abril de 2020
Os FIIs estão caros ou baratos?
Tivemos mais uma semana bastante produtiva em nosso canal do Youtube com a realização de três Lives excelentes. Sugiro que todos assistam, pois pudemos compartilhar um amplo conhecimento. Abaixo, os links:
– 13-04 – Eduardo Malheiros – Habitat (HABT11)
https://www.youtube.com/watch?v=VU1314DTtLA&t=
– 14-04 – Pedro Carraz – XP Vista (Fundos de Tijolos)
https://www.youtube.com/watch?v=ZjwDunZYLic
– 15-04 – Eduardo Levy – Kilima (Perspectivas para os FIIs)
E hoje, logo mais, terei uma Live especial com André Bacci, justamente para discutirmos o tema do artigo de hoje:
Veja aqui: https://www.youtube.com/watch?v=bYa_-u4BenM
Uma das perguntas mais frequentes que tenho recebido é se os fundos imobiliários agora estão caros ou baratos. De início, vale pontuar que a volatilidade está muito grande e a liquidez tem se reduzido dia após dia.
Portanto, é natural que o mercado perca eficiência quanto à precificação. Isto por si só já merece um sinal de alerta.
Caro ou barato vai depender muito do perfil do investidor de sua fase na vida dentro de um longo processo de acumulação de patrimônio e renda.
Na prática, investidores que estão no início do processo de montagem de suas carteiras devem enxergar esta crise como uma grande oportunidade, sobretudo pelo fato deles terem mais a ganhar do que a perder.
Note que o inverso também é verdadeiro, ou seja, um investidor(a) aposentado(a) deve ter cautela redobrada e procurar entender como as peças deste tabuleiro de xadrez estão se movendo.
Em resumo: não é fácil tomar decisões com alto nível de estresse.
Entendo que boa parte dos investidores estão com suas carteiras maduras, ou seja, já superaram a fase inicial, mas também não estão aposentados. Estes investidores devem ter cautela também, obviamente.
Mas vou além: em um primeiro momento, o foco deverá ser no sentido de se preservar capital e fazer movimentos (novos aportes) de forma mais gradativa – não sabemos como esta crise irá evoluir e como as próximas derivadas poderão chegar.
Temos ainda que superar a questão sanitária (saúde pública) para conseguirmos dimensionar, ao certo, como a economia irá reagir após o lockdown. Diante disto, “lacrar” se os fundos imobiliários estão caros ou baratos é uma tarefa complexa.
Minha visão pessoal é o qual considero como o ponto mais importante o qual ainda não temos resposta é qual será o real índice de mortalidade das empresas, visto que isto poderia gerar desdobramentos frente a um risco sistêmico de crédito no médio prazo.
Mais uma vez, note que não quero ser otimista ou pessimista.
O mais importante é explicar a todos vocês que caro ou barato vai depender do seu momento de vida e sua tolerância a risco no curto/médio prazo.
No longo prazo, bons imóveis (bem geridos) tendem a ter resultados excelentes, mas lembre-se que a estrada a ser percorrida poderá ter obstáculos e o mercado segue disfuncional até que tenhamos novos elementos quanto à maior crise global da história moderna.
