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Equity Value – medida dos valores ligados aos sócios de uma companhia

Equity Value medida dos valores ligados aos sócios

O equity value, que em português significa “valor patrimonial”, nada mais é do que os valores devidamente pertencentes aos acionistas de uma empresa, e essa mensuração é calculada tomando o valor da empresa, somando-se todos os seus ativos e subtraindo esse número pelos passivos da companhia em questão.

O equity value e o valor de mercado são frequentemente confundidos, principalmente por aqueles que ainda estão iniciando suas jornadas na bolsa de valores.

No entanto, esses valores são totalmente diferentes entre si.

No caso do valor de mercado ele pode ser definido pelo somatório de todas suas ações negociadas em mercado, e seus valores flutuam diariamente em negociações na bolsa de valores, de acordo com a lei da oferta e da procura.

Para o proprietário de uma empresa, essa mensuração é um valor muito importante para ajudar na definição do valor de seu empreendimento.

Se for tomada como o preço de venda, após o pagamento de todas as dívidas, ele representa o valor pré-impostos devidamente recebido pelos sócios da companhia.

Para ilustrar o equity value

Tomemos como exemplo a venda de uma casa no qual podemos, de forma simplificada, explicar a diferença entre o equity value e o valor total dos ativos.

Pensemos em uma casa que carrega uma hipoteca.

Dessa forma, o preço final da casa representaria o valor do total do ativo de uma empresa, ao passo que o valor da casa menos a hipoteca pendente representaria o valor patrimonial.

Assim sendo, este representa o capital final que irá para o bolso do vendedor.

É importante destacar, neste sentido, que essa mensuração não deve ser analisada isoladamente, pois pode estar sobre efeitos contábeis, demonstrado sobre forma inadequada.

Outro ponto importante a se destacar é que os ativos de uma empresa nem sempre são lançados nos balanços de valor patrimonial de forma a representar seu valor real, o que pode distorcer o seu valor final.

Outro ponto importante é que, empresas de baixo capital intensivo – ou seja, aquelas que utilizam poucas máquinas, equipamentos ou imóveis – possuem uma diferença enorme entre o equity value e o valor de negociação de mercado.

Isto se dá por um motivo simples, eles geram muito lucro sobre essa base de ativos demonstrada nos balanços patrimoniais, o que não seria justo valorizá-las de forma a valerem basicamente os poucos ativos que possuem.

Nesses casos, o mercado premia com um valor de mercado bem superior ao seu real equity value.

Exemplo

Para identificar o valor desta estimativa de uma empresa dentro de um balanço patrimonial, vejamos o exemplo a seguir:

 

 

 

 

Exemplo de um balanço patrimonial

Notem dois pontos principais destacados nesse balanço patrimonial: o valor total do ativo e os valores dos passivos circulantes (de curto prazo) e não circulantes (de longo prazo).

Se subtrairmos o valor total do ativo de 2011, que deu R$ 510.309 menos o somatório dos passivos circulantes e não circulantes (R$ 191.998 + R$ 68.341 = R$ 260.339) teremos o valor do patrimônio líquido que resulta em R$ 249.970.

Com isso, de forma simples e prática, descobrimos o valor patrimonial através do balanço patrimonial da empresa analisada.

Conclusão

Conscientizar-se da importância de se dominar este conceito é bastante importante na leitura de um balanço contábil e, por consequência, no sucesso dos investimentos de longo prazo.

Dessa forma, é muito provável que aqueles que o quanto antes se atentarem para sanarem esse tipo de indagação tenderão obter melhores resultados, principalmente ao analisar os balanços das empresas e poderem compreender as diversas variáveis ali presentes, dentre elas o equity value.

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