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D+0, D+1, D+30: o que é? Como funciona o resgate de uma aplicação

d+0, d+1

D+0, D+1, D+30… Esses são conceitos que muitas pessoas usam ao avaliar os ativos financeiros que existem no mercado. No entanto, muitos não o conhecem.

Portanto, compreender o significado de D+0, D+1, D+30 e outros D+ é muito importante para o desenvolvimento do ambiente do mercado financeiro.

O que é D+0, D+1, D+30?

As siglas “D+0, D+1, D+30” indicam o tempo para que uma transação financeira ocorra. Elas mostram, de forma resumida, quantos dias úteis vão levar para a operação ter seu processamento pela instituição.

O termo é uma abreviação para “Dia Atual + X”. O dia atual é a data de solicitação, e X é o número de dias úteis até que ela se complete.

Em uma aplicação D+1, por exemplo, o resgate do dinheiro completa em um dia útil após a sua solicitação. Logo, se o investidor pedir o saque hoje, o depósito ocorrerá em sua conta no dia útil seguinte.

Dessa forma, em um D+2, o dinheiro terá seu depósito dois dias depois. No D+30, trinta dias úteis – e assim sucessivamente. Ou seja, para todos os investidores, seja em renda fixa ou renda variável, é fundamental compreender o que é D+0 D+1 D+30.

O D+X é utilizado não só para investimentos, mas também para compensações bancárias e qualquer outra transferência de valores no mercado.

Ou seja, o tempo para um cheque ter seu saque, ou para o crédito de uma transferência de PIX, TED ou DOC sair de uma conta para outra, por exemplo, também levam essa contabilização em conta.

Por que os prazos de resgate existem?

Normalmente, a maioria das operações financeiras precisam passar por uma série de etapas até serem concluídas.

Para descontar um cheque, por exemplo, o processo é longo. Tudo começa com a solicitação do cliente. Logo após, o banco emissor recebe o comunicado sobre a compensação.

Em sequência, é feita a assinatura e os dados do cheque e da conta do emissor são verificadas para ver se existe saldo suficiente para cobrir o valor.

Apenas depois de completar todo esse trâmite é que o banco consegue concluir a transação. Sendo assim, o processo termina com a transferência do dinheiro de uma pessoa para a outra.

Em uma aplicação financeira, como um fundo de investimento ou um CDB, a situação é a mesma. Na maioria das vezes, a instituição precisa “desinvestir” parte da sua carteira para devolver o dinheiro solicitado pelo cliente.

Logo, por ser um processo complexo e envolve diversas partes, o saque normalmente leva alguns dias úteis para ocorrer. Por exemplo: a liquidez D+1, um prazo D+2, entre outros.

Qual é a importância dos prazos de resgate?

A importância dos prazos de resgate é garantir ao investidor diferentes níveis de liquidez para o dinheiro investido. De fato: o investidor se depara com uma variedade de características e informações diferentes ao procurar por uma aplicação financeira.

Dentre tais condições, certamente uma das mais importantes diz respeito ao prazo de resgate do dinheiro aplicado. É nessa hora que aparecem os famosos termos D +0, D +1, D +2 – e assim por diante.

O conceito de D+ é fundamental para saber qual é o objetivo específico daquele investimento.

Assim, para o gestor de um fundo de investimento, entender o que significa D+0, D+1, D+2 é essencial para definir se o produto está de acordo com os objetivos do investidor.

Por exemplo: quem quiser usar o dinheiro em pouco tempo deve buscar produtos com resgate em poucos dias.

Isso permite que o investidor consiga arcar com eventualidades e permite o aproveitamento e novas oportunidades que se mostrem mais atraentes. Por exemplo: em um prazo D+1, é possível sacar o valor com certa rapidez.

Por outro lado, investimentos com maiores prazos de resgate geralmente permitem rentabilidades maiores.

Assim, caso o investidor queira um investimento mais para o longo prazo, pode buscar essa modalidade. Ou seja: o tempo de resgate é o que determina a liquidez de uma aplicação.

Como Funciona o Resgate de Investimentos?

Para entender como funciona o resgate de investimentos, é possível seguir uma série de passos: primeiramente, o investidor ou o cotista de um fundo entra no seu home broker e solicita o resgate de seu investimento.

Logo após, o administrador do fundo recebe a solicitação enviada e deve se preparar para realizar a operação.

Assim, a ação do fundo de investimento tem sua conversão em reais (processo conhecido como cotização) de acordo com o prazo definido em seu regulamento.

No caso de um investimento D+1 (ou seja, um prazo curto), isso é feito rapidamente. Já para prazos maiores, o processo demora mais.

Por exemplo: o que é D+2? É um termo que indica que o investimento demorará dois dias úteis para ser liquidado. Assim, o significado de D+2 fica claro ao se utilizar um exemplo.

Por fim, o valor em reais é liberado ao cotista em sua corretora para que ele possa sacá-lo (processo conhecido como liquidação). No entanto, isso ocorre apenas após o prazo estipulado em dias úteis (e não corridos).

A relação entre a liquidez da aplicação e o prazo de resgate

A liquidez, definida como a facilidade de transformar um ativo em dinheiro, é uma das características mais importantes de qualquer investimento.

Logo, em uma aplicação financeira – onde o capital fica sobre a responsabilidade de um terceiro – o que determina a liquidez do produto é o seu prazo de resgate.

Por isso, é importante prestar atenção nos prazos apresentados pelo investimento em questão. Esse período irá variar de acordo com o tipo de aplicação.

Ou seja, fundos e produtos mais focados a longo prazo costumam ter prazos mais longos. Da mesma forma, investimentos de curto prazo permitem resgates mais rápidos, como D+0, D+1, D+2.

No caso das aplicações D+0, por exemplo, existe a chamada “liquidez diária”, onde o dinheiro vai para a conta do cliente no mesmo dia do pedido.

Quais são os tipos de investimentos com resgate D+0, D+1, D+2?

De fato, cada ativo possui uma liquidez diferente. Portanto, é necessário saber o prazo de resgate para se planejar corretamente.

Via de regra, quanto mais alto o rendimento, menor é a liquidez. Ou seja: ativos que entregam uma rentabilidade maior costumam ter um prazo maior de resgate.

Algumas aplicações como a própria poupança, o Tesouro Selic e os CDBs oferecidos por bancos digitais podem ser resgatados no mesmo dia (D+0). Outros ativos desse tipo possuem um resgate D+1 ou até mesmo um pouco maior.

Por outro lado, títulos de renda fixa como Tesouro IPCA, LCI e LCA devem ser mantidos até a data de vencimento, mas podem ser vendidos à valor de mercado – o que deve ser feito com muito conhecimento do assunto para evitar perdas monetárias.

Já fundos mais arriscados, como aqueles que aplicam em renda variável, podem ter prazos mais longos de resgate, como D+30, D+45 e até mesmo D+60.

Isso ocorre para que o gestor consiga liquidar suas posições e manter seus ativos balanceados.

Por fim, no caso da venda de ações no ambiente da B3, a liquidação ocorre em D+3.

Você conseguiu entender o conceito de D+0, D+1, D+30 e sua importância na hora de planejar investimentos? Comente aqui para que possamos tirar as suas dúvidas.

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