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Bancos mais valiosos do mundo em 2025: descubra quais são

No mercado financeiro global, o título de “banco mais valioso do mundo” é definido pela capitalização de mercado, ou seja, o valor total das ações de uma instituição financeira negociadas em bolsa. Essa métrica reflete a confiança dos investidores em relação à rentabilidade, solidez e perspectivas de crescimento de cada banco.

Em 2025, o cenário do setor bancário global apresentou mudanças importantes. Grandes bancos dos Estados Unidos ampliaram sua liderança, enquanto os gigantes chineses mantiveram posições de destaque, apesar de algumas oscilações em valor de mercado. 

Esses movimentos revelam o impacto de fatores como política monetária, transformação digital e tensões geopolíticas sobre o desempenho das instituições financeiras.

No Brasil, os bancos continuam com margens de lucro robustas e posições sólidas na América Latina. No entanto, quando comparados aos líderes globais, ainda ocupam posições modestas. Para se ter uma ideia, o maior banco privado brasileiro, o Itaú Unibanco, não figura entre os 100 mais valiosos do mundo em capitalização de mercado, embora siga como destaque regional.

Neste artigo, veja quais são os bancos mais valiosos do mundo em 2025, os fatores que influenciaram o ranking global e o desempenho das instituições brasileiras no contexto internacional.

Ranking dos bancos mais valiosos do mundo em 2025

A capitalização de mercado é uma das principais métricas utilizadas para mensurar o valor de uma empresa listada na bolsa de valores e no caso dos bancos, esse indicador reflete não apenas sua performance financeira, mas também a confiança dos investidores em sua estratégia, governança e capacidade de adaptação a cenários econômicos complexos.

Em 2025, os maiores bancos do mundo passaram por reconfigurações relevantes. O JPMorgan Chase, dos Estados Unidos, manteve com ampla folga a liderança global. Ao mesmo tempo, os bancos chineses seguem como potências em ativos, mas enfrentaram pressões internas que impactaram suas ações. 

Entre os norte-americanos, instituições focadas em investimento, como Goldman Sachs e Morgan Stanley, ganharam destaque com o aumento da atividade nos mercados de capitais.

Confira a seguir o ranking atualizado dos bancos mais valiosos do mundo em 2025, com base na capitalização de mercado registrada no primeiro trimestre do ano:

Ranking dos maiores bancos do mundo por valor de mercado

PosiçãoBancoPaísValor de Mercado (US$ bilhões)
JPMorgan ChaseEUA679
Industrial and Commercial Bank of China (ICBC)China331
Bank of AmericaEUA307
Agricultural Bank of ChinaChina251
Wells FargoEUA235
Bank of ChinaChina221
China Construction BankChina212
Morgan StanleyEUA202
Goldman SachsEUA179
10ºHSBC HoldingsReino Unido176
Juntos, os 10 bancos mais valiosos do mundo somam uma capitalização de mercado de US$ 2,793 trilhões. 

10 – HSBC Holdings

O décimo banco mais valioso do mundo em 2025 é o HSBC Holdings, uma das instituições financeiras mais antigas e internacionalizadas do setor. Fundado em 1865 em Hong Kong, o banco foi criado originalmente para financiar o comércio entre Europa e Ásia. 

Atualmente, tem sua sede em Londres e operações em mais de 60 países. Com uma capitalização de mercado de US$ 176 bilhões, o HSBC segue sendo o principal representante europeu no ranking, mesmo diante de pressões regulatórias e ajustes estratégicos para focar em mercados asiáticos.

9 – Goldman Sachs

Fundado em 1869, o Goldman Sachs é sinônimo de banco de investimento. Com sede em Nova York, a instituição é reconhecida por sua atuação em fusões e aquisições, gestão de ativos e operações no mercado de capitais. 

Em 2025, seu valor de mercado alcançou US$ 179 bilhões, impulsionado pela retomada das aberturas de capital (IPOs) e maior demanda por assessoria financeira em um ambiente global mais competitivo.

8 – Morgan Stanley

Na oitava posição, aparece o Morgan Stanley, outro gigante americano dos serviços financeiros. Criado em 1935 e sediado em Nova York, o banco se destaca por sua forte atuação na gestão de patrimônio e investimentos institucionais. 

Em 2025, atingiu US$ 202 bilhões em capitalização de mercado, beneficiado pela expansão da base de clientes de alta renda e avanços em tecnologia de análise de risco.

7 – China Construction Bank

O China Construction Bank é uma das maiores instituições financeiras estatais da China. Fundado em 1954 e com sede em Pequim, o CCB desempenha papel crucial no financiamento de projetos de infraestrutura e habitação no país. 

Em 2025, registrou US$ 212 bilhões em valor de mercado, mantendo sua posição entre os líderes globais apesar da desaceleração econômica chinesa e reformas no setor imobiliário.

6 – Bank of China

Com uma história centenária, o Bank of China foi criado em 1912 e é um dos bancos mais internacionalizados da China. Tem sede em Pequim e grande participação no financiamento do comércio exterior, especialmente nas iniciativas da Nova Rota da Seda. 

Em 2025, mesmo com o aumento da concorrência regional, a instituição manteve uma capitalização de US$ 221 bilhões.

5 – Wells Fargo

O quinto maior banco do mundo em valor de mercado é o Wells Fargo. Fundado em 1852 durante a corrida do ouro na Califórnia, a instituição tem sede em São Francisco e é uma das mais tradicionais dos Estados Unidos. 

Com forte presença no varejo e crédito hipotecário, alcançou US$ 235 bilhões em 2025. A recuperação da economia americana e o foco em eficiência operacional impulsionaram seu desempenho recente.

4 – Agricultural Bank of China

O Agricultural Bank of China ocupa a quarta posição entre os bancos mais valiosos do planeta. Criado em 1979, com sede em Pequim, o banco nasceu com o objetivo de apoiar o setor agrícola chinês, mas desde então diversificou sua atuação e ganhou relevância nacional. 

Em 2025, atingiu capitalização de mercado de US$ 251 bilhões, mesmo com o cenário desafiador no crédito rural e no setor imobiliário.

3 – Bank of America

Com sede em Charlotte, Carolina do Norte, o Bank of America é o segundo maior banco dos Estados Unidos em valor de mercado. Fundado em sua forma atual em 1998, após a fusão com o NationsBank, o banco atua fortemente em serviços de varejo, cartões de crédito, empréstimos e investimentos. Em 2025, alcançou US$ 307 bilhões em capitalização, com bons resultados no crédito comercial e expansão digital.

2 – Industrial and Commercial Bank of China (ICBC)

O ICBC é o maior banco da China e o segundo mais valioso do mundo em 2025, com uma capitalização de US$ 331 bilhões. Fundado em 1984, a instituição possui os maiores ativos do sistema financeiro global, ultrapassando US$ 6 trilhões. 

Sua atuação abrange desde grandes corporações até o varejo, com presença em dezenas de países. Apesar de enfrentar desafios regulatórios e pressões internas, mantém sua relevância no topo do sistema financeiro global.

1 – JPMorgan Chase

No topo do ranking está o JPMorgan Chase, considerado o banco mais valioso do mundo em 2025. Fundado em 1871 e sediado em Nova York, o banco lidera com ampla margem, registrando capitalização de mercado de US$ 679 bilhões. 

Sua atuação diversificada, que vai do varejo ao investment banking, combinada com forte inovação tecnológica e sólida governança, garantiu seu protagonismo mesmo em um ambiente desafiador. O JPMorgan também tem liderado iniciativas com inteligência artificial e automação bancária, reforçando sua posição à frente da concorrência.

Fatores que influenciaram os bancos em 2025

O desempenho dos maiores bancos do mundo em 2025 foi moldado por uma combinação de fatores econômicos, tecnológicos e políticos. As movimentações no ranking refletem não apenas estratégias internas das instituições, mas também um ambiente global de maior volatilidade e transformação.

Política monetária global

A política de juros mais baixos adotada por bancos centrais de economias desenvolvidas teve papel central na recuperação do setor bancário. Com o fim dos ciclos agressivos de aperto monetário iniciados em 2022 e 2023, países como Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha reduziram suas taxas de referência para estimular o crédito e o investimento.

Esse movimento ampliou os spreads bancários, diferença entre o custo de captação e o valor cobrado nos empréstimos, beneficiando especialmente os bancos comerciais. Nos Estados Unidos, esse fator contribuiu para o avanço das ações de instituições como JPMorgan, Bank of America e Wells Fargo.

Aumento na demanda por crédito

Outro ponto importante foi o crescimento da demanda por crédito. Em 2025, empresas voltaram a investir em expansão e modernização, enquanto famílias retomaram financiamentos habitacionais, especialmente nos EUA e na Ásia.

A recuperação da atividade econômica, aliada à estabilidade inflacionária em diversas regiões, resultou em aumento significativo nas carteiras de crédito de bancos tradicionais. A retomada do setor imobiliário também impulsionou instituições com forte exposição ao financiamento habitacional, como Wells Fargo, ICBC e China Construction Bank.

Transformação digital e fintechs

A digitalização bancária avançou ainda mais em 2025. Instituições que investiram em plataformas online, automação de processos e soluções baseadas em inteligência artificial ganharam vantagem competitiva. O uso de algoritmos para análise de crédito, detecção de fraudes e personalização de serviços tornou-se um diferencial estratégico.

Enquanto algumas fintechs perderam espaço devido à maior exigência regulatória, os grandes bancos que integraram tecnologia de forma eficiente conseguiram crescer sem comprometer governança e compliance. Esse movimento favoreceu especialmente JPMorgan e Morgan Stanley, que combinaram presença física robusta com ecossistemas digitais bem estruturados.

Geopolítica e riscos internacionais

Tensões comerciais entre Estados Unidos e China, conflitos no Oriente Médio e instabilidades na Europa Oriental continuaram a afetar o cenário financeiro global. Bancos com presença internacional mais dispersa tiveram que adaptar suas operações, mitigar riscos cambiais e repensar a alocação de capital.

Além disso, discussões sobre taxação de grandes conglomerados e novas exigências de transparência afetaram a percepção de risco por parte dos investidores. O HSBC, por exemplo, enfrentou pressões relacionadas à sua atuação em regiões sensíveis e à necessidade de foco estratégico na Ásia.

Bancos com maiores ativos totais

Embora a capitalização de mercado seja o principal critério para definir os bancos mais valiosos do mundo, é importante destacar que essa métrica não reflete necessariamente o tamanho operacional das instituições. 

Outra variável essencial para avaliar o porte de um banco é o volume total de ativos, ou seja, tudo o que o banco possui em aplicações, empréstimos concedidos, investimentos e liquidez.

Em 2025, os bancos chineses continuam dominando o ranking global de ativos totais, ocupando as quatro primeiras posições. Esse domínio se deve à forte presença estatal no sistema financeiro da China e à participação massiva dessas instituições em grandes projetos de infraestrutura, urbanização e comércio internacional.

A seguir, veja os cinco maiores bancos do mundo por volume de ativos:

BancoAtivos Totais (US$ trilhões)
Industrial and Commercial Bank of China (ICBC)6,30
Agricultural Bank of China5,62
China Construction Bank5,40
Bank of China4,57
JPMorgan Chase4,00

Apesar de o JPMorgan liderar com folga em valor de mercado, os bancos chineses superam a instituição americana em volume patrimonial. O ICBC, por exemplo, é o único banco do mundo com ativos superiores a US$ 6 trilhões, consolidando sua posição como o maior banco do planeta em tamanho operacional.

A disparidade entre ativos totais e valor de mercado também mostra como fatores como governança corporativa, retorno sobre patrimônio (ROE) e confiança dos investidores afetam a precificação das ações de cada instituição.

Bancos brasileiros em destaque

Embora nenhum banco brasileiro figure entre os 100 maiores do mundo em capitalização de mercado, as instituições financeiras nacionais seguem com forte presença regional e sólida geração de lucros. Em 2025, os maiores bancos do Brasil mantêm protagonismo na América Latina, especialmente em valor de marca, rentabilidade e inovação nos serviços digitais.

Segundo o ranking Global 500 da consultoria Brand Finance, que avalia as marcas mais valiosas do mundo, dois bancos brasileiros seguem em destaque:

Além disso, Bradesco (BBDC4) e Santander Brasil (SANB11) também mantêm posições relevantes no mercado doméstico, embora com menor destaque internacional.

O Bradesco é o segundo maior banco privado do país em valor de mercado, com forte presença no varejo e no crédito pessoal. Já o Santander Brasil atua como subsidiária do grupo espanhol e possui uma operação sólida focada em inovação e rentabilidade.

Apesar da ausência no ranking global de capitalização de mercado, esses bancos apresentam indicadores sólidos de rentabilidade, eficiência operacional e inovação, atributos que os mantêm resilientes em cenários econômicos adversos.

No contexto latino-americano, o Itaú segue como o banco mais valioso da região, sendo referência em digitalização, gestão de ativos e resultados consistentes.

Expectativas para o setor bancário global

O setor bancário global deve continuar passando por transformações profundas nos próximos anos. Os movimentos recentes de mercado, combinados a inovações tecnológicas e pressões regulatórias, indicam que os bancos precisarão se adaptar de forma ainda mais ágil para manter relevância e competitividade.

Confira abaixo as principais tendências que devem moldar o futuro do sistema bancário.

Consolidação entre bancos médios e fusões estratégicas

A busca por escala, redução de custos e maior eficiência operacional deve impulsionar novas rodadas de fusões e aquisições, especialmente entre bancos de médio porte. Nos Estados Unidos e na Europa, o ambiente regulatório mais rígido e os custos de compliance têm favorecido operações de consolidação como forma de ganho de sinergias e expansão territorial.

Em mercados emergentes, espera-se o surgimento de conglomerados regionais com atuação digital mais robusta e foco em nichos específicos, como crédito rural, pequenas empresas e serviços integrados com plataformas de e-commerce.

Adoção de inteligência artificial na gestão de crédito e risco

O uso de tecnologias baseadas em inteligência artificial (IA) e machine learning já se tornou realidade no setor financeiro, e tende a se intensificar. Em 2025, muitos bancos já utilizam algoritmos para prever inadimplência, conceder crédito personalizado, detectar fraudes e otimizar portfólios de investimento.

Nos próximos anos, a IA será um diferencial estratégico não apenas em produtividade, mas também em personalização da experiência do cliente. Instituições que dominarem o uso responsável dessas ferramentas deverão liderar o setor, enquanto aquelas que resistirem à inovação tendem a perder espaço para concorrentes mais ágeis.

Pressão regulatória sobre grandes conglomerados

Bancos sistêmicos, especialmente nos EUA, China e Europa, devem enfrentar um ambiente regulatório mais exigente. O aumento da complexidade operacional, riscos cibernéticos e influência sobre os mercados financeiros têm levado reguladores a propor regras mais rigorosas sobre governança, capital, exposição a risco e transparência.

Além disso, o avanço da digitalização e o surgimento de plataformas financeiras híbridas (Big Techs com braço financeiro) também ampliam o debate sobre fronteiras regulatórias e concorrência justa.

Crescimento da bancarização em países emergentes

Com mais de 1,5 bilhão de pessoas ainda sem acesso pleno ao sistema financeiro tradicional, a bancarização continua sendo um dos maiores potenciais de expansão do setor. 

Em regiões da África, Ásia e América Latina, o crescimento do uso de smartphones e o avanço de carteiras digitais têm permitido que novos consumidores passem a utilizar serviços bancários de forma prática e acessível.

Os bancos que desenvolverem soluções inclusivas, com baixo custo operacional e suporte tecnológico eficiente, poderão capturar grande parte dessa nova demanda e consolidar sua posição como líderes em mercados de alta expansão.

Conclusão

O ranking dos bancos mais valiosos do mundo em 2025 reforça o domínio de instituições dos Estados Unidos e da China, tanto em valor de mercado quanto em ativos totais. O JPMorgan Chase lidera com folga, enquanto os grandes bancos chineses mantêm protagonismo global, mesmo diante de pressões internas.

Bancos brasileiros como Itaú Unibanco e Banco do Brasil seguem relevantes na América Latina, mas ainda distantes dos maiores players globais em capitalização de mercado. Seu desempenho regional, no entanto, mostra solidez e potencial de crescimento, especialmente com o avanço digital e novas frentes de bancarização.

E você, como vê o futuro do setor bancário? Deixe sua opinião nos comentários abaixo.

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