XPSF11: fundo imobiliário paga dividendos de 14,28% ao ano; veja resultados
O fundo imobiliário XPSF11 fechou o mês de maio com um resultado líquido de R$ 2,59 milhões. A partir disso, o fundo realizou uma distribuição de rendimentos de R$ 2,598 milhões, valor que corresponde a R$ 0,06 por cota.

No período, as receitas do fundo XPSF11 atingiram R$ 2,845 milhões, enquanto as despesas ficaram em R$ 255 mil, sendo que as despesas operacionais responderam por R$ 249,4 mil desse total.
No encerramento do mês, a cota patrimonial do FII XPSF11 estava em R$ 7,78 antes do pagamento dos proventos, enquanto a cotação de mercado ficou em R$ 6,31.
Com isso, o dividend yield anualizado chegou a 14,28% sobre a cota de mercado e 11,45% sobre a cota patrimonial, considerando o valor antes da distribuição e aplicando gross-up de 15% sobre o imposto.
Cenário atual macroeconômico e estratégia do XPSF11
Ao longo de maio, a gestão destaca que o cenário internacional apresentou melhora, especialmente após a trégua nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China. Esse acordo temporário, que reduziu as tarifas entre os dois países por um prazo de 90 dias, contribuiu para o desempenho mais positivo dos ativos de risco.
No ambiente doméstico, a avaliação da gestão do fundo imobiliário XPSF11 aponta que a economia brasileira continua operando acima de seu potencial, com uma inflação persistentemente pressionada.
Apesar de o último comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) ter sido interpretado pelo mercado como de viés mais brando (dovish), a XP Asset observa uma mudança no tom dos diretores do Banco Central nas declarações subsequentes.
As curvas de juros refletiram esse reposicionamento. Durante o mês, os vértices curtos dos juros nominais e reais apresentaram elevação, impulsionados tanto pela mudança de tom do Banco Central quanto pela resiliência dos dados de atividade econômica no país.
No mercado de fundos imobiliários, o mês foi marcado por uma valorização de 1,44% no IFIX, sequência de um movimento de recuperação após a forte desvalorização observada no último trimestre de 2024. Segundo a equipe de gestão do fundo XPSF11, aquela queda anterior não refletia as condições reais do ciclo imobiliário da economia.
Diante desse contexto, a estratégia adotada pela gestão do FII foi a de realizar uma reciclagem parcial dos ativos em carteira. O objetivo é reduzir posições em ativos com menor expectativa de retorno ajustado ao risco, substituindo-os por investimentos mais alinhados com o atual cenário.
Entre as novas alocações, destaca-se o aumento da exposição direta em CRIs, que ofereceriam maior eficiência em relação ao risco atual. Assim, o XPSF11 encerrou maio com 2,8% do portfólio investido em CRIs, remunerando CDI + 2,7% ao ano, com expectativa de ampliar essa participação nos próximos meses.