XPML11 vende participação em 9 shoppings, reduz alavancagem e mantém dividendos

O fundo imobiliário XPML11 concluiu a venda de participações em nove shoppings do portfólio, em operação total de R$ 1.651.579.978,79. A transação permitirá reduzir o endividamento e sustentar, por período estendido, a atual faixa de distribuição aos cotistas.

O FII informou o recebimento inicial de R$ 1.028.300.649,01, além de R$ 52.344.604,17 a serem quitados em 15 de janeiro de 2026, com atualização a 50% do CDI até o pagamento. O saldo remanescente, de R$ 528.505.593,21, será liquidado em até cinco anos, sem detalhamento adicional pela gestora XP Asset. Estruturalmente, a venda atende à necessidade de caixa e otimiza a alocação de capital.

Em paralelo, R$ 191.471.000,00 do montante foram destinados à integralização de cotas subordinadas do FII Master, veículo das aquisições. Esse fundo tem prazo de cinco anos, prorrogável por mais um, mantendo o XPML11 como detentor indireto dos ativos e com expectativa de rentabilidade de 20% ao ano. Segundo a gestão, a configuração combina liquidez imediata e captura de valor no longo prazo.

A operação endereça a principal pressão de curto prazo: a quitação de parcelas de aquisições realizadas a prazo, que somavam cerca de R$ 780 milhões. Relatórios indicavam a necessidade de captação próxima a R$ 350 milhões. Com a alienação, o fundo melhora a estrutura de capital e reforça o perfil de caixa.

XPML11: mais sobre a negociação

Nove shoppings foram envolvidos na transação:

  • 45% do Tietê Plaza Shopping, em São Paulo;
  • 15% do Partage Santana Shopping, em São Paulo;
  • 25% do Campinas Shopping, em Campinas (SP);
  • 20% do Grand Plaza Shopping, em Santo André (SP);
  • 17,5% do Caxias Shopping, em Duque de Caxias (RJ);
  • 100% do Shopping Downtown, no Rio de Janeiro;
  • 40% do Shopping Metropolitano Barra, no Rio de Janeiro;
  • 39,99% do Shopping Ponta Negra, em Manaus;
  • 14,31% do Shopping Bela Vista, em Salvador.

O ganho de capital estimado em aproximadamente R$ 278,2 milhões, equivalente a R$ 4,75 por cota, deve ser reconhecido ao longo do ciclo de liquidação. Parte relevante desse ganho vem do Neomall FII, integralmente controlado pelo fundo, permitindo uniformização da distribuição dos dividendos do XPML11 e maior previsibilidade ao cotista.

A distribuição permanece estável em R$ 0,92 por cota há um ano. A administração reiterou, no relatório de outubro, a orientação de manter os proventos na faixa entre R$ 0,86 e R$ 0,92 por cota até o fim do primeiro semestre de 2026, apoiada pela melhora da liquidez e pela exposição indireta aos ativos transacionados via FII Master, preservando o alinhamento entre geração de caixa e retorno ao investidor no XPML11.

Redação Suno Notícias

Compartilhe sua opinião