XP rebaixa para venda recomendação para ações da Petrobras (PETR4)

A XP rebaixou a recomendação das ações da Petrobras (PETR4) para “venda”, de “neutro” anteriormente, revisando, ao mesmo tempo, o preço-alvo do papel para R$ 24,00, de R$ 32,00.

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Em relatório distribuído neste domingo, 21, o analista Gabriel Francisco atribuiu a alteração à sinalização negativa em termos da perspectiva de governança da Petrobras e à atual gestão de preços com o anúncio de substituição do presidente da companhia.

O governo anunciou na sexta-feira a troca de Roberto Castello Branco pelo general Joaquim de Silva e Luna para comandar a Petrobras.

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“Vemos esse anúncio como uma sinalização negativa, tanto de uma perspectiva de governança, dados os riscos para a independência de gestão da Petrobras, como também por implicar riscos de que a companhia continue a praticar uma política de preços de combustíveis em linha com referências internacionais de preços, ou seja, que reflitam as variações dos preços de petróleo e câmbio”, diz Francisco.

Segundo a XP, existem muitas incertezas para justificar uma tese de investimento na Petrobras. “Acreditamos que as ações deverão daqui em diante negociar com um desconto mais alto em relação ao histórico e a outras petroleiras globais”, acrescenta no relatório.

Francisco nota ainda que “as incertezas para a política de preços de combustíveis da Petrobras implicam uma menor correlação das ações em relação aos preços do petróleo daqui para frente, dados os riscos de que não sejam totalmente repassados aos preços dos combustíveis. Com isso, esperamos uma deterioração nos resultados no futuro, não apenas devido às margens de refino mais baixas, mas também devido aos riscos que a Petrobras deva realizar importações de combustível com prejuízo para evitar qualquer risco de desabastecimento no mercado local”.

Bolsonaro nega intervenção na Petrobras

O presidente da República, Jair Bolsonaro, negou no último sábado qualquer intervenção na Petrobras.

Durante um discurso realizado na escola militar de Campinas, Bolsonaro disse que, como governante, precisa “trocar as peças que, porventura, não estão dando certo”.

“Problemas hoje temos e tenho que decidir, assim como vocês militares, rapidamente. Pior do que decisão mal tomada é uma indecisão”, declarou o presidente, sem citar nominalmente a Petrobras em nenhum momento.

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Bolsonaro salientou que não lhe falta coragem para decidir uma nova eventual troca de autoridades, e que ele está pensando o no bem maior da nação.

“O que não falta para mim é coragem para decidir. Mais fácil é se acomodar para quem não tem compromisso com a nossa Pátria. Da minha parte, isso não ocorrerá. Acredito na minha Pátria e tenho dever a cumprir. Não deixarei passar oportunidade, não deixarei de fazer pela Pátria. O que todos nós queremos é trabalhar bem para o futuro do nosso Brasil”, salientou o mandatário.

“O mais fácil é se acomodar, é se aproximar daqueles que não têm compromisso com a pátria e se usufruir de benesses. Da nossa parte, da minha parte e dos meus ministros, isso não ocorrerá”, explicou o mandatário fazendo referência implícita a mudança no comando da Petrobras.

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Carlo Cauti

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