Vitreo, empresa de Paulo Lemann, lança fundo de investimento em ouro

A gestora virtual Vitreo lançou nesta sexta-feira (20) um fundo de investimento em ouro. O valor mínimo para aplicar neste fundo é de R$ 1 mil.

A taxa administrativa cobrada para o investimento em ouro é de 0,14% ao ano. Além disso, o fundo possui exposição cambial. A proposta é uma tentativa de diversificar as opções de investimentos oferecidas pela empresa.

“Em um cenário de taxa de juros cadente e com o investidor tentado a aumentar o risco dos seus investimentos, é importante que ele faça isso de uma forma mais segura – e é aí que entra a parte de diversificação”, declarou o diretor de investimentos da gestora, George Wachsmann.

Nos fundos de investimento, um gestor profissional é responsável por decidir como alocar os recursos do investidor. No caso do novo fundo da Vitreo, 20% da carteira de investimentos será composta por fundos de índice (ETFs) de ouro.

Gestora de recursos Vitreo

A Vitreo é uma gestora de recursos fundada em 2018. Entre os sócios da empresa estão alguns nomes já conhecidos no mercado financeiro. Sendo eles:

  • Paulo Lemann, filho do empresário Jorge Paulo Lemann que é dono da Ab InBev;
  • Alexandre Aoude, ex-chefe do Deutsche Bank no Brasil;
  • Patrick O’Grady, antigo sócio da XP Investimentos.

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Além disso, os economistas Ilana Bobrow e George Wachsmann, além do diretor de tecnologia, Everson Ramos, também são sócios da gestora.

Atualmente, a empresa possui sob gestão cerca de R$ 2,25 bilhões em ativos.

Investimento em ouro

Desde o início deste ano, o preço do ouro já acumula alta de aproximadamente 16%.  O aumento do preço do ouro é uma consequência do receio de uma recessão da economia global.

Saiba mais: Ouro nas alturas: entenda as razões do pico da cotação do metal precioso

A guerra comercial e a desaceleração das economias da Europa e da China são os principais fatores para a formação deste cenário.

Por conta disso, os investidores buscam formas mais seguras para a aplicação de recursos, como o ouro. Afinal, o metal precioso é visto como um dos bens mais seguros no mercado.

Para o fundador da SUNO Research, Tiago Reis, mesmo com a grande valorização, investir nesse recurso nem sempre vale a pena. “Eu não gosto de ouro como investimento. É um investimento de retorno inferior ao longo do tempo. Existem alternativas de maior retorno no longo prazo, como são as ações e imóveis”, explicou Reis.

Giovanna Oliveira

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