Visa e Plaid cancelam fusão de US$ 5,3 bilhões; governo acusa monopólio

A Visa (NYSE: V) cancelou seu acordo de fusão com a Plaid, fintech do setor financeiro, fechada por US$ 5,3 bilhões no início de 2020. O governo dos Estados Unidos abriu um processo de análise que poderia atrasar o negócio em anos.

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O processo foi aberto pelo Departamento de Justiça (DOF, na sigla em inglês) norte-americano em novembro do ano passado, dizendo que a Visa é uma companhia “monopolista em transações de débito online” e que o negócio “iria eliminar uma nascente ameaça competitiva” ao seu monopólio.

As companhias concordaram mutuamente na quebra do contrato. A decisão foi tomada agora em função de uma cláusula típica de acordos de fusão, que dá às empresas um ano para concluir o negócio antes que os termos expirem ou precisem ser renovados. O cancelamento do negócio agora significa que nenhuma das partes precisava pagar algum tipo de multa.

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Ambas as empresas tinham a consciência de que poderiam levar adiante, no tribunal, a disputa com o Departamento de Justiça. No entanto, o processo moroso faria com que a fusão se tornasse insustentável. “Estamos confiantes que teríamos ganhado no tribunal já que as capacidades da Plaid são complementares às da Visa”, disse o presidente-executivo da Visa, Al Kelly.

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Visa pretende continuar parceria com a Plaid

Caso a situação fosse prolongada, o processo seria especialmente prejudicial à Plaid, fundada em 2013. O software da fintech ajuda a alimentar a maior parte dos principais aplicativos do segmento, como Venmo, Robinhood, SoFi, entre outros, conectando-os aos dados da conta bancária dos consumidores.

O líder da divisão antitruste do DOJ, Makan Delrahim, vibrou com o cancelamento do negócio, dizendo que representa “uma vitória para os consumidores estadunidenses e pequenas empresas”, ao passo que o departamento movia para ter seu processo arquivado.

Mesmo com o encerramento do projeto de fusão, Visa e Plaid afirmaram que encontrariam outras maneiras de colaborarem entre si, “já que simplesmente não acreditam que o processo está errado com base em fatos e na lei”. A Visa, inclusive, é uma investidora da Plaid e estima aprofundar a parceria com a fintech.

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Jader Lazarini

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