Virgin Atlantic anuncia corte de 30% dos funcionários para resistir à crise

A companhia aérea Virgin Atlantic se prepara para reduzir mais de 30% de seus 10.000 funcionários e suspender as atividades no aeroporto de de Gatwick, em Londres, para resistir à crise do coronavírus.

A Virgin Atlantic anunciou nesta terça-feira (5) planos para cortar 3.150 empregos e alertou que seriam necessários pelo menos três ano para os níveis de tráfego  aéreo voltarem ao normal.

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Dessa forma, a companhia aérea britânica irá deixar Gatwick, onde estava baseada há quase 35 anos e transferir suas operações para o aeroporto de Heathrow, também em Londres. A base no aeroporto da cidade de Manchester será mantida.

A Virgin Atlantic se esforça para remodelar seus negócios após uma semana dramática para o setor de aviação. A British Airways, bem como a Ryanair, a companhia aérea escandinava SAS e a fabricante aeroespacial Rolls-Royce, anunciaram milhares de cortes do contingente de funcionários.

Em comunicado interno, obtido pelo jornal “Financial Times”, o presidente executivo da Virgin Atlantic, Shai Weiss, advertiu que as medidas de redução dos custos e o pacote de suporte governamental foram “insuficientes”.

“Se quisermos proteger nosso futuro e emergir desta crise como um negócio sustentável e lucrativo, agora é o momento de mais ações decisivas para reduzir nossos custos e preservar o caixa”, afirmou Weiss.

O Virgin Group é dono de 51% da Virgin Atlantic e se esforça para encontrar investidores dentro das próximos 30 dias, em meio a crise no setor de aviação.

Virgin Atlantic negocia socorro junto ao governo

A companhia aérea tem negociado com o governo do Reino Unido para um pacote de auxílio de 500 milhões de libras esterlinas (cerca de R$ 3,47 bilhões). O socorro seria concedido por meio de garantias e empréstimos comerciais.

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O plano inicial da companhia aérea foi rejeitado no mês anterior, após ter deixado o governo insatisfeito por não conseguir outras fontes de investimentos. A Virgin Atlantic continua, no entanto, mantendo uma negociação “construtiva” com o governo britânico.

“Está amplamente claro que qualquer possível investidor, incluindo o Governo de Sua Majestade, espera que tenhamos tomado todas as medidas possíveis de autoajuda como pré-condição para um financiamento”, salientou o presidente da Virgin Atlantic.

Arthur Guimarães

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