Grana na conta

Via (VIIA3) faz demissões no alto escalão em meio a processo de reestruturação

A Via (VIIA3) demitiu, nas últimas semanas, diretores e funcionários do alto escalão da companhia, com foco no banQi, o banco digital da varejista.

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Ainda em meados de março, o banQi fez uma demissão que reduziu sua força de trabalho em cerca de 10%. Ainda não foram divulgados detalhes sobre quantos funcionários foram desligados do banco digital da Via.

O presidente da operação, André Calabro, já havia sido demitido em uma ocasião anterior, e essa nova leva de desligamentos tem foco em diretores.

Segundo o Broadcast, além dos diretores do banQi foram demitidos um diretor de contabilidade corporativa, um diretor regional do Rio de Janeiro, o chefe de comunicação e ESG e a chefe da divisão de marketing e experiência do consumidor.

A empresa, em nota, destacou que “as mudanças fazem parte de uma reconfiguração estratégica de negócios com o objetivo de manter a eficiência operacional“.

O movimento pode sinalizar uma perda de relevância do banQi dentro da operação da Via, que concluiu a aquisição do banco digital ainda em meados de 2020.

Segundo informações do Broadcast, as mudanças devem reverter o avanço do braço financeiro em empréstimos pessoais do banco – sendo um ponto visto como relevante para a varejista.

Conforme o balanço mais recente, referente ao primeiro trimestre, o banQi movimentou R$ 11,9 bilhões em volume de pagamentos, crescimento de 6% ante igual etapa do ano anterior.

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Os empréstimos, contudo, somaram R$ 584 milhões, enquanto a carteira de crédito foi de R$ 237 milhões – substancialmente menor do que o crédito ‘tradicional’ da Via, considerando os R$ 5,4 bilhões da carteira de crédito do crediário.

Na última linha do balanço, a companhia mostrou que fechou o período com R$ 300 milhões de prejuízo líquido.

Mudanças na gestão da Via

A Via mudou recentemente o mais importante dos seus cargos, trocando o até então CEO, Roberto Fulcherberguer, por Renato Franklin, ex-CEO da Movida (MOVI3).

Enquanto Fulcherberguer ficou conhecido por encabeçar o turnaround da empresa, Franklin passou a ocupar o cargo de CEO com a proposta de ser mais ‘diligente ao alocar recursos’.

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Eduardo Vargas

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