Venezuela: Democracia deve vir sem qualquer medida extrema, diz Mourão

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, fez um discurso contra o ditador venezuelano Nicolás Maduro nesta segunda (25) em Bogotá, na Colômbia. Ele chamou seu governo de “criminoso” e disse que o retorno da Venezuela à democracia deve se dar sem medidas extremas.

“O Brasil acredita que é possível fazer a Venezuela voltar ao convívio democrático das Américas, sem qualquer medida extrema que nos confunda, enquanto nações democráticas, com aqueles que serão julgados pela história como agressores, invasores e violadores das soberanias nacionais”, declarou.

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Ele deixou claro, no entanto, que a alternância de poder vai necessitar ajuda externa. “À luz dos acontecimentos acumulados há mais de uma década, sabemos que a Venezuela não vai conseguir se livrar sozinha da opressão do regime chavista. A hora é de solidariedade latino-americana”, disse.

Mourão participou de reunião do Grupo de Lima para debater soluções para a crise venezuelana. Ele e o ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, representaram o Brasil no encontro. O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, foi convidado especial do evento, apesar de o País não compor oficialmente o grupo, e prometeu “sanções mais fortes” à ditadura.

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O vice-presidente brasileiro optou por outra via de resolução. Para ele, a pressão deveria vir por parte de organizações internacionais, como as Nações Unidas (ONU) e a Organização dos Estados Americanos (OEA), além de agências de aplicação de tratados internacionais.

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O Grupo de Lima

Criado em 2017 por iniciativa do governo peruano a fim de pressionar o regime de Nicolás Maduro a recuar do autoritarismo, o Grupo de Lima conta com 14 países, incluindo o Peru:

  • Peru
  • Brasil
  • Argentina
  • Canadá
  • Colômbia
  • Chile
  • México
  • Paraguai
  • Panamá
  • Honduras
  • Guiana
  • Guatemala
  • Costa Rica
  • Santa Lúcia

 

Guilherme Caetano

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