Venda de fatia no Carrefour traria perdas para o bilionário Bernard Arnault, diz Bloomberg

Caso o Carrefour seja comprado pela empresa canadense Alimentation Couche-Tard, o veículo de investimento do bilionário Bernard Arnault teria prejuízo devido a sua participação na varejista francesa. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (14) pela “Bloomberg”.

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O bilionário concluiu a aquisição da Tiffany & Co pela LVMH por US$ 16 bilhões recentemente e agora negocia um novo acordo, o qual envolve a venda de uma fatia de 5,5% no Carrefour do Groupe Arnault.

O governo francês sinalizou nesta quinta-feira oposição à oferta de US$ 20 bilhões, contudo, se o negócio for retomado, Arnault terá um preço de oferta próximo a menos da metade do nível da cotação das ações da varejista francesa quando investiu na empresa.

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De acordo com a Bloomberg, a Couche-Tard ofereceu 20 euros por ação da rede de supermercados francesa, enquanto as ações do Carrefour eram negociadas a 47 euros, em média, em março de 2007, quando o Groupe Arnault comprou os papéis.

Com isso, o negócio avaliou sua participação em cerca de 1,5 bilhão de euros. A empresa canadense está oferecendo 900 milhões de euros pela participação do grupo de investimento.

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Governo francês se posiciona contra venda de Carrefour à canadense Couche-Tard

Bruno Le Maire, ministro da Economia francês, se posicionou contra a venda do Carrefour à canadense Couche-Tarde, maior rede de lojas de conveniência e postos combustíveis do mundo, após esta ofertar 16,2 bilhões de euros pela rede de supermercados.

Le Maire afirmou na última quarta (13), um dia após a notícia das negociações serem divulgadas, que a venda da rede de supermercado colocaria em risco a soberania alimentar da França.

A fala do ministro, feita em entrevista a uma televisão francesa, deve complicar as negociações das duas empresas. Segundo Le Maire, o Carrefour é o maior empregador privado da França e uma grande chave na cadeia de suprimentos do país. “A ideia de que o Carrefour pode ser comprado por um concorrente estrangeiro, à primeira vista, não me soa favorável”, disse.

A Couche-Tard afirmou querer uma combinação amigável com o supermercado francês. Mas seu valor de mercado, que é muito maior, não deixa dúvidas de que é a canadense que dará as cartas no caso da negociação sair do papel, de acordo com o Financial Times.

A oferta de 20 euros por ação para a aquisição do Carrefour, com prêmio de cerca de 30%, surpreendeu os investidores, principalmente por conta das diferenças de operação e geográficas de ambos os negócios.

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Rafaela La Regina

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