Vale (VALE3) vai pagar dividendos extraordinários? Entenda
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A Vale (VALE3) divulgou na noite de ontem (30) o balanço do terceiro trimestre de 2025, e muitos investidores aguardavam o anúncio de novos proventos, o que ainda não ocorreu. Mesmo assim, o resultado reacendeu as expectativas de pagamento de dividendos extraordinários, impulsionado pela melhora operacional e pela redução da dívida líquida.
O BB Investimentos avaliou que a sinalização da companhia sobre a possibilidade de distribuir dividendos adicionais “aumenta a perspectiva de retorno adicional aos acionistas” e reforça a atratividade do papel no médio e longo prazo.
Para o banco, a Vale reúne condições financeiras para realizar novos pagamentos, já que a dívida líquida expandida ficou próxima do centro da meta de endividamento.
A XP Investimentos, por sua vez, reconheceu o desempenho operacional sólido da companhia, mas adotou uma postura mais cautelosa em relação à mineradora. Em relatório, os analistas destacaram que, embora vejam “potencial para dividend yields saudáveis no curto prazo”, mantêm recomendação neutra devido à visão conservadora sobre o preço do minério de ferro no médio prazo.
Na mesma linha otimista do BB, a Genial Investimentos apontou que a Vale deve entregar fluxo de caixa livre com rendimento de cerca de 14% em 2025 e 15% em 2026, o dobro do registrado por pares internacionais como BHP e Rio Tinto. O desempenho reforça, segundo a corretora, a possibilidade de novos dividendos da Vale no curto prazo.
Balanço da Vale (VALE3) surpreende expectativas
O balanço de resultados do terceiro trimestre da Vale (VALE3) foi uma surpresa positiva para os investidores.
A mineradora reportou lucro líquido de US$ 2,68 bilhões no terceiro trimestre de 2025, avanço de 11% frente ao mesmo período do ano anterior. O lucro líquido proforma somou US$ 2,7 bilhões, alta de 78% na comparação anual, superando a projeção de US$ 2,1 bilhões esperada pela LSEG. O Ebitda ajustado proforma atingiu US$ 4,4 bilhões, com crescimento de 17,6% sobre o ano anterior.
“O resultado apresentado pela Vale no 3T25 veio em linha com nossa estimativa, e continuou apresentando evolução operacional consistente apoiada principalmente nos avanços em produção e redução de custos”, destacou o BB Investimentos.
O relatório acrescenta que o desempenho foi favorecido pelos maiores preços médios realizados de minério de ferro e cobre, que elevaram a margem Ebitda proforma a 42,2%.
A XP Investimentos também classificou os números como sólidos. “Os resultados mostram outro forte desempenho operacional da Vale (VALE3), com contribuição de sua divisão de Minério de Ferro e melhor eficiência de custos”, escreveram os analistas, destacando que o custo caixa C1/t ficou em US$ 20,7 por tonelada, em linha com o guidance da companhia.