Ucrânia suspende exportação de trigo e outros produtos agrícolas

O governo da Ucrânia anunciou nesta quarta-feira (9) que suspendeu as exportações de produtos agrícolas como centeio, trigo, cevada, milheto e sal até o final de 2022.

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Segundo o ministro de Política Agrária e Alimentar, Roman Leshchenko, o objetivo da suspensão é evitar uma crise humanitária no país, que atualmente está envolvido em uma guerra com a Rússia. Com a medida, o governo visa atender às necessidades da população em produtos alimentícios críticos e estabilizar o mercado.

A Ucrânia é uma das maiores fornecedoras mundiais de trigo junto com a Rússia — corresponde a aproximadamente um terço da produção global de trigo e cevada. Desde o início da invasão russa em território ucraniano, o preço dessas commodities apresentam forte alta.

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A Ucrânia tinha previsão de exportar 60 milhões de toneladas de grãos na safra de 2021/2022. Até o dia 23 de fevereiro, o país europeu já havia exportado 43 milhões de toneladas. O conflito com a Rússia deve frear suas expectativas.

Como a Ucrânia, Rússia veta exportações

Em resposta às recentes sanções econômicas impostas à Rússia pelo Ocidente, o presidente russo Vladimir Putin anunciou que vai retaliar com o veto às exportações de commodities e matérias-primas, que ainda serão definidas.

A medida de Moscou foi divulgada depois de o presidente do Estados Unidos, Joe Biden, suspendeu a importação de gás e petróleo da Rússia, em meio à invasão russa na Ucrânia.

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Além dos EUA, o Reino Unido anunciou que irá reduzir gradativamente a compra do óleo russo até o final de 2022. Já a União Europeia planeja cortar em dois terços a importação de gás da Rússia. A UE não chegou a um acordo sobre o veto às importações do petróleo russo. Putin ameaçou cortar o fornecimento de gás à Europa. Os países europeus importam em média 40% do gás da Rússia.

O presidente dos Estados Unidos ressaltou que a Europa também tem que acabar com a dependência em relação ao petróleo russo. Ele disse ainda que a invasão na Ucrânia deveria motivar a transição para energias mais limpas, como o uso de carros elétricos, por exemplo. “Quando fizermos isso, ninguém vai ficar preocupado com o preço da gasolina no futuro. Isso vai significar que um país não poderá usar os preços da gasolina contra outro país como arma”.

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Bruno Galvão

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