Motoristas da Uber Technologies em todo o mundo participaram de uma paralisação devido ao descontentamento da categoria, nesta quarta-feira (8). O resultado desta paralisação mundial dos motoristas, que recebeu o nome de “Uber Off”, é a alta de tarifas do aplicativo, que pôde ser observada nas cidades São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba.
O condutor paulistano da Uber, Ednilson, de 39 anos, confirmou que pela manhã os preços estavam no “dinâmico“, ou seja, as viagens estavam mais caras na capital paulista. “Eu percebi o [preço] dinâmico até umas 10h30. Foi dinâmico 1.2 ou 1.3 […] Acredito que desde às 8h toda a região de São Paulo estava rodando no dinâmico”.
De acordo com Ednilson, a tarifa dinâmica 1.2 ou 1.3 significa que há alta no preço normal da viagem em 20% a 30%. “Conheço bastante motorista que não trabalhou”, afirmou.
Pela tarde, contudo, os preços das viagens normalizaram totalmente, conforme informou o motorista.
Paralisação em São Paulo e Rio de Janeiro
O presidente da Associação de Motoristas por Aplicativo do Estado do Rio de Janeiro, Alexandre Tinoco, afirmou que o “Uber Off” teve adesão ‘razoável’. Não há uma nova manifestação prevista. A informação é do “Extra”.
“Niterói, Nilópolis, Petrópolis e Volta Redonda são as cidades com regulamentação mais nocivas à categporia, como emplacamento de carros com no máximo cinco anos, taxas exorbitantes, entre outros. Vamos tentar fazer isso mudar”, informou Tinoco.
Segundo o portal, a Associação de Motoristas por Aplicativo de São Paulo também contou que, apesar de pequena, a adesão foi “razoável para a paralisação do Uber Off”.
Motivação da greve de motoristas da Uber
Os motivos para que motoristas de todo o globo tenham adentrado a greve são:
- redução dos salários;
- a ausência de benefícios;
- a falta de transparência;
- e a pouca voz dentro da empresa.
Saiba mais – Uber usa jurídico e tenta “limpar” empresa antes de estreia na Bolsa
IPO da Uber
A Uber Technologies Inc. realizou o pedido de IPO na Securities and Exchange Commission (SEC) em 11 de abril. A SEC é o equivalente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) do Brasil.
O ticker da companhia que controla o aplicativo será UBER, na Bolsa de Nova York (NYSE). E a empresa almeja captar US$ 10 bilhões com a oferta. E espera obter avaliação de valor de mercado entre US$ 90 bilhões e US$ 100 bilhões.
Um resultado inferior aos US$ 120 bilhões avaliados pelos coordenadores da oferta:
- Morgan Stanley;
- BofA Merrill Lynch;
- e Goldman Sachs.
A oferta da multinacional poderá ser o maior IPO dos EUA em 2019. Além disso, deve entrar para a lista dos 10 maiores IPOs de toda a história.
A estreia do IPO da Uber ocorrerá na próxima sexta-feira (10).
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