XP reduz preço-alvo das ações da Tupy (TUPY3): ainda vale a pena investir?
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A XP divulgou nesta quarta-feira (29) um relatório com revisões das projeções para as ações da Tupy (TUPY3). A corretora reduziu o preço-alvo para os papéis da companhia e manteve recomendação neutra, citando um cenário desafiador para a demanda de veículos comerciais no Brasil e no exterior.
De acordo com o documento, o preço-alvo das ações da Tupy foi ajustado para R$ 15 por ação em 2026, ante R$ 20 anteriormente. A XP afirmou que vê uma recuperação improvável no curto prazo, diante de volumes menores e um real mais valorizado.
A instituição também destacou que, apesar das iniciativas de corte de custos, os ganhos devem ser sentidos apenas a partir de 2026. A expectativa é de prejuízo líquido de R$ 15 milhões em 2025 e lucro de R$ 175 milhões no ano seguinte.
Por que a XP reduziu o preço-alvo de Tupy (TUPY3)?
De acordo com a XP, a baixa demanda por veículos comerciais é o principal fator de pressão para a Tupy. “Vemos a demanda por veículos comerciais se desdobrando pior do que o esperado no Brasil e no exterior, com uma recuperação parecendo improvável no curto prazo”, diz a casa.
A XP revisou para baixo as estimativas de receita e margens da companhia, incorporando menores volumes e uma taxa de câmbio menos favorável, de R$ 5,50 por dólar em 2026.
A casa cortou em 9% a previsão de receita para 2026 e passou a projetar margem EBITDA cerca de 4,4 pontos percentuais abaixo da estimativa anterior.
“Com a menor alavancagem operacional parcialmente compensada pelas iniciativas de reestruturação da Tupy, esperamos margem EBITDA de -4,4p.p. e -3,1p.p. abaixo de nossas estimativas anteriores para 2025-26E”, diz o relatório.
Mesmo com um desempenho negativo acumulado de 45% das ações da Tupy no ano, a XP afirmou que não enxerga os preços atuais como atrativos. “Apesar de um fraco desempenho recente das ações, não vemos os preços atuais como um ponto de entrada, com espaço para novas revisões de consenso para baixo que limitam o potencial de re-rate”, destacou o relatório.
O documento também cita preocupações com o aumento da alavancagem da Tupy (TUPY3), projetando uma relação dívida líquida/EBITDA de 3,1 vezes ao fim de 2025, acima dos 2,5x registrados no segundo trimestre deste ano.