Tribunal estende prisão de Ghosn até o dia 22 de abril

O tribunal de Tóquio decidiu nesta sexta-feira (12) manter o ex-presidente da Nissan, Carlos Ghosn, preso provisoriamente até dia 22 deste mês.

O tribunal aceitou o pedido da promotoria para que o caso fosse estendido. Ghosn foi detido pela quarta vez na última semana, um mês após conseguir a liberdade com pagamento de fiança.

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Esposa de Ghosn deixa o Japão

Em entrevista ao jornal francês “Le Journal du Dimanche” na última semana, Carole, esposa de Carlos Ghosn disse que sentia em risco após seu marido ser preso novamente, mesmo depois do pagamento de fiança.

Carole Ghosn, deixou o Japão e declarou se sentir “em perigo” no país asiático. A mulher do ex-presidente da Renault-Nissan evitará dessa forma de ter que enfrentar a justiça japonesa.

Os procuradores nipônicos queriam ouvir Carole sobre o caso de fraude fiscal e desvio de recursos da Renault-Nissan. De acordo com a agência de notícias japonesa Kyodo, os valores desviados por Carlos Ghosn poderiam ter sido lavados em uma empresa dirigida por ela.

Saiba mais: Carlos Ghosn sofre insuficiência renal, informa agência

Prisões

O executivo brasileiro tirou a Nissan da falência e ainda instaurou uma aliança mundial da japonesa com a Renault e a Mitsubishi, formando uma das maiores alianças do setor automotivo.

Ghosn foi preso preventivamente pela primeira vez em 19 de novembro de 2018 sob as seguintes acusações de:

  • Sonegação de renda;
  • Transferência de prejuízos pessoais para a Nissan;
  • Uso pessoal de imóveis comprados pela Nissan.

O ex-presidente da Nissan foi solto sob fiança em 6 de março deste ano. No entanto, sua liberdade não durou muito, isso porque Ghosn voltou a ser preso em 3 de abril, por conta de um possível risco de destruição de provas.

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A prisão de Ghosn aconteceu logo após ele anunciar, pelo Twitter, que faria uma coletiva de imprensa e que estava se “preparando para dizer a verdade sobre o que está acontecendo”.

Renan Bandeira

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