Taxação de dividendos está nos planos de Lula e de Bolsonaro

Os dois candidatos à presidência do Brasil têm planos de taxar dividendos. O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) voltou a defender a taxação de dividendos como uma maneira de arrecadação de verbas nesta terça-feira (4).

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Bolsonaro argumentou que a taxação de dividendos acima de R$ 500 mil está nos planos de um eventual segundo mandato e é suficiente para cumprir todas as promessas de campanha.

A ideia é defendida por Paulo Guedes, ministro da Economia, como uma forma de financiar a continuidade do Auxílio Brasil e respaldar a correção na tabela do Imposto de Renda.

Um projeto de lei que muda regras do Imposto de Renda e dispõe sobre a tributação de dividendos está em tramitação no Senado.

Em agosto, o ministro da Economia disse que o plano para financiar o Auxílio Brasil em 2023 exige uma reforma tributária. Segundo Guedes, a taxação de lucros e dividendos é capaz de levantar os R$ 52 bilhões necessários para tornar permanente o valor médio de R$ 600 do benefício e corrigir a tabela do imposto de renda.

“Como bancar o Auxílio em R$ 600? Um dia depois da eleição, basta aprovar a reforma tributária no Senado, já que na Câmara ela já passou”, disse Guedes, na ocasião.

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Lula também quer taxar dividendos

A tributação de dividendos não é um plano só de Bolsonaro. O ex-presidente e candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que disputa com Bolsonaro o segundo turno das eleições no dia 30 de outubro, também é favorável à taxação.

Em um evento no início de setembro com representantes da Frente Nacional de Defesa da Sistema Único de Assistência Social (SUAS), Lula defendeu a proposta.

“Nós precisamos fazer uma nova política tributária nesse país. A gente tem que desonerar o salário para onerar as pessoas mais ricas desse país. Lucros e dividendos têm que pagar imposto de renda”, afirmou.

No final de setembro, o vice-presidente e sócio da Arko Adviser, Cristiano Noronha, afirmou em um evento com investidores que a tributação dos dividendos virá, seja qual for o governo. “Não importa o governo, essa medida virá. Mas talvez Lula faça algo mais escalonado”, disse.

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Laura Intrieri

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