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‘Agora esperamos uma Selic mais alta no fim do ciclo’, diz Itaú

Como os cortes na taxa Selic afetam os investidores

Como os cortes na taxa Selic afetam os investidores

Em nova análise sobre o cenário macroeconômico, especialistas do Itaú BBA passaram a ter uma projeção mais alta para a Selic no fim do ciclo de flexibilização dos juros.

Agora, a projeção da casa é de uma Taxa Selic de 9,25%, ante 9% na projeção anterior.

“O adiamento do início do ciclo de cortes de juros americanos, bem como um orçamento menor, pode ter impacto sobre a taxa de câmbio em um contexto de diferencial de juros que já está em trajetória cadente”, analisa o Itaú.

“Soma-se a isso a inflação de serviços (especialmente em itens mais ligados ao mercado de trabalho e dinâmica salarial) mais pressionada na margem. Com expectativas de inflação ainda acima da meta, a Selic deve encerrar esse ciclo (e assim permanecer) em território contracionista”, completa.

Em se tratando do ritmo de cortes da Selic, o Itaú aponta que as autoridades continuam indicando que o ritmo atual é adequado, pois permite ajustar o grau de restrição monetária enquanto observam a velocidade de reação da economia – em especial a dinâmica inflacionário.

Com isso, a expectativa é de que continuem os cortes de 0,50 ponto percentual (p.p.) nas próximas reuniões do Copom.

Sobre o cenário inflacionário, o Itaú projeta um IPCA de 3,6% em 2024, mas com composição pior em relação às últimas estimativas.

Agora a visão é de uma dinâmica mais pressionada de serviços subjacentes.

“Os fundamentos para a inflação de serviços (mercado de trabalho e reajustes salariais) seguem indicando pressão altista para o grupo. Enquanto parte da piora em serviços subjacentes divulgada no IPCA-15 de fevereiro tende a ser pontual (serviços bancários), serviços ligados à mão de obra devem seguir pressionados ao longo do ano”, diz o time de pesquisa macroeconômica do banco.

“O balanço de riscos para nossa projeção de 2024 é simétrico. De um lado, o aumento do aporte da Eletrobras pode reduzir os reajustes de energia esse ano. Por outro lado, o mercado de trabalho apertado pode pressionar ainda mais os salários e, consequentemente, a inflação de serviços”, conclui.

Mercado espera Selic de 8,5% no fim do ciclo

Na edição mais recente do Boletim Focus, publicada no dia 5 de março, o relatório mostra que o consenso de mercado espera um IPCA de 3,76% para este ano e de 3,51% para o ano de 2025.

Já para a Selic as projeções são de 9% para este ano e 8,5% para o ano que vem.

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