Tarifas adicionais sobre bens dos EUA seguirão suspensas, diz China

O Conselho de Estado da China informou que serão mantidas suspensas as tarifas sobre veículos e autopeças dos Estados Unidos. O anúncio da medida aconteceu no último domingo (31).

A iniciativa da China acontece logo após os Estados Unidos anunciarem o adiamento da alta nas tarifas sobre importações chinesas.

Em dezembro último, a China havia informado a suspensão das tarifas adicionais de 25% sobre veículos e autopeças fabricados nos Estados Unidos por três meses, após uma trégua na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

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Última reunião

Na última sexta-feira (29), em Pequim, os dois países concluíram uma nova rodada de negociações comerciais. De acordo com os norte-americanos, as discussões foram “construtivas” e que houve um “progresso” para o fechamento do acordo.

“O representante comercial dos EUA, Robert Lighthtizer, e eu concluímos negociações comerciais construtivas em Pequim. Espero receber o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, para continuar com essas importantes discussões na semana que vem”, declarou o secretário do Tesouro norte-americano, Steve Mnuchin, pelo Twitter.

Avanço da guerra comercial

China e EUA procuram superar as diferenças comerciais. A principal queixa dos americanos é de que a China é desleal comercialmente. Isso por conta dos subsídios aplicados à empresas dos Estados Unidos e também a transferência de tecnologia.

O presidente dos EUA, Donald Trump, já mencionou algumas vezes a proximidade de um acordo. No entanto, os negociadores não deixaram claro a ocorrência do acordo.

Os países haviam empregado uma série de tarifas um contra o outro, mas em dezembro de 2018 deram uma trégua.

No início de março, o parlamento chinês aprovou uma lei que não obriga as empresas estrangeiras a transferir tecnologia. Essa medida foi tomada após críticas americanas.

Além disso, a China aumentou a demanda sobre produtos agrícolas norte-americanos. No entanto, grande compras de produtos devem ser feitas como parte do acordo, com o objetivo de diminuir o déficit comercial entre as potências.

Renan Bandeira

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