Taesa (TAEE11) e Neoenergia (NEOE3) vencem lotes no leilão de linhas de transmissão de energia

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realizou, nesta sexta-feira (17) na B3 (B3SA3), o leilão de linhas de transmissão elétrica com cinco lotes de concessões, nos estados de São Paulo, Amapá, Bahia, Minas Gerais, Paraná. A Taesa (TAEE11) arrematou a concessão paulista e paranaense, enquanto a Neoenergia (NEOE3) conquistou o território mineiro. A Energisa (ENGI11) ganhou a licitação no Amapá.

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Foram licitados cinco lotes de projetos que somam 902 quilômetros de linhas de transmissão e subestações com capacidade de transformação de 750 megavolt-ampères (MVA). O investimento previsto nos empreendimentos totaliza R$ 2,9 bilhões, enquanto a Receita Anual Permitida (RAP) global é de R$ 405 milhões, valor que deve diminuir com a disputa.

O governo prevê criação de 6.607 empregos diretos, com a construção e manutenção de 902 quilômetros em linhas de transmissão e de três subestações. As concessões têm prazo de 30 anos.

A licitação do primeiro lote, que prevê obras estruturantes em 726 quilômetros de linhas de transmissão elétrica em São Paulo e no Paraná, foi vencida pela Taesa com lance de RAP de R$ 129,9 milhões, um deságio de 47,76% do valor de referência.

De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o trecho leiloado suprirá a Região Metropolitana de Curitiba, o que vai proporcionar aumento da capacidade de interligação elétrica das regiões Sul-Sudeste. É prevista a criação de 3,5 mil empregos diretos e investimento de R$ 1,7 bilhão.

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O segundo lote foi arrematado pela Sterlite Brazil Participaões, com lance de RAP de R$ 7,09 milhões, um deságio de 66,09% em relação ao valor de referência. A licitação demanda a construção da subestação de transformação Olindina 2, com potência de 450 megavolt-ampères (MVA), na Bahia. São previstos investimentos R$ 152,1 milhões e a criação de 507 empregos diretos. Segundo a Aneel, a obra, que deverá ser entregue em 36 meses, vai expandir o sistema de transmissão da região do nordeste baiano.

O terceiro lote, que prevê a construção e manutenção, em 42 meses, de 166 km de linhas de transmissão na Bahia, foi vencido pelo grupo Rialma com lance de RAP de R$ 17,1 milhões, um deságio de 27,8% em relação ao valor de referência. São estimados investimentos de R$ 170,6 milhões e geração de 487 empregos diretos. De acordo com a Aneel, a licitação visa o fornecimento de energia elétrica para a região oeste da Bahia.

O quarto lote foi vencido pela Neoenergia com lance de RAP de R$ 37,1 milhões, um deságio de 58,6% valor de referência. A licitação prevê a construção, em 48 meses, da subestação Estreito, em Ibiraci (MG). São previstos investimentos de R$ 660,9 milhões e geração de 1.652 empregos direitos na operação. Segundo a Aneel, a licitação pretende dar maior confiabilidade e flexibilidade operativa em cenários críticos de elevada importação de energia pela Região Sudeste, assim como garantir o controle de tensão no Sistema de São Paulo.

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O quinto lote foi vencido Energisa (ENGI11), com lance de RAP de R$ 11,3 milhões, 48,68% abaixo do valor de referência. A licitação prevê a construção, em 42 meses, de 10 quilômetros de linhas de transmissão (Macapá – Macapá 3), e a subestação Macapá 3. Segundo a Aneel, a concessão visa a solucionar o atendimento elétrico à região de Macapá e evitar cortes como os registrados em 2020 na região. Serão investidos nas obras R$ 161,6 milhões e é prevista a geração de 461 empregos.

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, ressaltou os resultados do setor elétrico nos últimos três anos. “Realizamos o 19º leilão do setor elétrico nos últimos três anos. E isso foi realizado em um período extremamente desafiado para o país, há 700 dias em pandemia. O país teve uma expansão de 16% na geração elétrica e 17% na transmissão nos últimos 3 anos e investimentos contratados de mais de R$ 60 bilhões só no setor elétrico”.

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Última cotação da Taesa e Neoenergia

As ações da Neoenergia encerraram o pregão de hoje em alta de 0,63%, cotadas a R$ 17,67. No acumulado do ano, registram baixa de 0,51%.

Já as ações da Taesa fecharam a sessão de hoje caindo 0,027%, cotada a R$ 36,57. Mas a situação se inverte no cenário anual, onde a companhia tem alta de 10,48%. 

(Com informações da Agência Brasil e Agência Estado)

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Bruno Galvão

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