Stone anuncia nova oferta; empresa oferecerá 17,9 milhões de ações

A Stone anunciou nesta segunda (1º) sua oferta subsequente de ações, pouco menos de ter feito sua primeira oferta pública de ações na Nasdaq. Desde então, os papéis da empresa tiveram uma alta de mais de 70%.

Segundo o Brazil Journal, o movimento de venda após o período de restrição para negociação de ações já era esperado pelo mercado. Mesmo assim, a Stone surpreendeu pela rapidez. O prazo acabaria em 22 de abril.

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Agora, a Stone vai oferecer 17,9 milhões de ações. Se o interesse aumentar, essa quantidade pode chegar a 20,6 milhões. Considerando o preço de fechamento na última sexta (29), a oferta pode movimentar US$ 800 milhões. O valor de mercado da empresa é de US$ 11 bilhões.

O mercado não costuma ver com entusiasmo ofertas secundárias de ações, mas não houve reação negativa com o anúncio da Stone. Muito pelo contrário. Os papéis da companhia na Bolsa fecharam esta segunda com alta de 4,43%, a US$ 42,93.

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A empresa vai bem. A credenciadora de cartões registrou um lucro líquido ajustado de R$ 342,8 milhões em 2018. Em relação a 2017, o crescimento foi de expressivos 659,6%. Sem os ajustes, os ganhos foram de R$ 305,2 milhões. No ano anterior, o prejuízo havia sido de R$ 105 milhões.

No quarto trimestre de 2018, o lucro líquido ajustado foi de R$ 155,9 milhões, um crescimento de 646,3% em relação ao mesmo período de 2017. Sem ajustes, o valor foi de R$ 127,1 milhões, contra um prejuízo de R$ 14,3 milhões no quarto trimestre de 2017.

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No IPO, em outubro, as ações da Stone entraram no pregão valendo US$ 32 – muito acima do valor estipulado de US$ 24 por ação – o que significa que a quantidade de ações de ambos chegaram a mais de 2 bilhões de reais.

A Stone tem como público-alvo pequenas empresas e comércios. A tática, que não era muito bem vista pelos bancos, acabou se tornando uma grande fonte de renda para a empresa. As baixas taxas cobradas a comerciantes menores fizeram com que a maquininha se popularizasse com rapidez e chamasse atenção do mercado acionário.

Guilherme Caetano

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