STF vai decidir se governo pode vender estatais sem aval do Congresso

O Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir nesta quinta-feira (30) se o governo federal pode realizar a venda de estatais sem o aval do Congresso Nacional. A decisão a ser tomada valerá também para governos estaduais e prefeituras.

Durante o julgamento, será definido se a decisão liminar concedida pelo ministro Ricardo Lewandowski, ainda no ano passado, será referendada ou derrubada pelos ministros do STF. A medida de Lewandowski indica que o governo não pode vender estatais sem autorização do Poder Legislativo.

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Decisão de Lewandowski

O ministro tomou a decisão após fazer a análise da ação apresentada pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf).

De acordo com Lewandowski, é obrigatório que o Legislativo autorize a venda de estatais quando o caso faz o poder público perder o controle acionário da empresa.

Além disso, o ministro estabeleceu que para a venda, é necessário a realização de licitação e o processo só será ser dispensado se não houver perda do controle acionário das empresas pelo poder público.

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Discussão desta quinta

Temas que devem ser abordados durante o julgamento desta quinta:

  • Aval do Congresso para venda de qualquer empresa pública, incluindo as de sociedade mista ou subsidiárias;
  • Autorização do Congresso se faz necessária apenas em casos de perda do controle acionário;
  • Necessidade de lei genérica para autorização para vários negócios ou lei específica para cada venda;
  • A venda de estatal exigirá licitação ou outro processo;
  • Licitação será exigida apenas em casos de perda do controle acionário das estatais.

Além disso, nesta quinta será analisada também a venda da Transportadora Associada de Gás (TAG), subsidiária da Petrobras.

Saiba mais: Petrobras: em liminar, Fachin suspende venda da TAG e de refinarias

Durante o julgamento será decidido se o Supremo mantém ou derruba a decisão do ministro Edson Fachin que suspendeu a venda de 90% da subsidiária.

De acordo com a decisão do ministro do STF, a venda da TAG não respeitou a decisão de Lewandowski.

Renan Bandeira

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