S&P 500: Morgan Stanley vê risco de queda de 20% em 2021, com desaceleração da economia

O principal índice acionário dos Estados Unidos, S&P 500, corre o risco de despencar mais de 20% ainda neste ano, de acordo com novo relatório do banco Morgan Stanley, divulgado na segunda-feira (20).

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Uma perda tão drástica do S&P 500 é cogitada no pior cenário, porém, os estrategistas que assinam o documento afirmam que já existem evidências que apontam para um crescimento mais fraco e para a queda da confiança dos investidores.

Em relatório, o banco traça duas direções para os próximos caminhos do mercado americano, nomeadas de “fogo e gelo”. Na direção “fogo”, o horizonte é mais otimista.

O Federal Reserve (Fed) recuaria com a compra mais acentuada de títulos de dívida dos EUA para evitar o superaquecimento da economia. Isso levaria a uma correção do S&P 500, porém mais modesta, de 10%.

Já o cenário “gelo” é o mais pessimista e também o que mais ganha força, informam os estrategistas. Neste quadro, a economia mostra forte desaceleração e os lucros ficam mais pressionados.

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“Será fogo ou gelo? Não sabemos, mas o cenário do gelo seria pior para os mercados e estamos inclinados nessa direção”, diz relatório. “Acreditamos que a transição do meio de ciclo terminará com a correção finalmente atingindo o S&P 500.”

Visão mais amenas para o S&P 500

Os estrategistas do Morgan Stanley são os mais pessimistas de Wall Street neste momento. Outros bancos como o Goldman Sachs e o Citigroup também preveem baixas para o índice de ações americano, porém menos acentuadas.

Ambos os  bancos destacam a possibilidade de choques negativos para o S&P 500, acompanhando o cenário macroeconômico do país, encerrando o período de ganhos acentuados no mercado dos EUA.

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A recomendação agora é que os investidores optem por ações defensivas e de qualidade como proteção. Uma das indicações é manter alguma exposição a papéis do setor financeiro, que se beneficiarão com o aumento das taxas de juros.

Reencontro do Fomc e última cotação

Nesta quarta-feira, dia 22, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed se reune para decidir o rumo da política monetária dos EUA. A expectativa é de manutenção dos juros em 0% a 0,25%, mas com redução no programa de compras de ativos, que está atualmente na ordem de US$ 120 bilhões por mês.

Em expectativa a esse encontro e com a crise na China, pelo calote da Evergrande, ontem o S&P 500 fechou com uma queda de 1,70%, aos 4.357,73 pontos. No ano, o índice acumula 16,02% de valorização.

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Monique Lima

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