Grana na conta

Soja: previsão é que safra no Brasil caia mais em 2019

A Agroconsult rebaixou as expectativas da safra de soja no Brasil.

Segundo a consultoria, a safra de soja em 2018/19 deve ser de 116,4 milhões de toneladas. O número é praticamente estável quando comparado a última projeção divulgado no início do mês: 116,5 milhões de toneladas.  Porém, a perda chega a 1,2 milhão de toneladas em comparação com os valores anunciados em 10 de janeiro.

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Mesmo assim, em evento realizado em Brasília promovida pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), a consultoria informou que algumas áreas produtoras estão em situação melhor, o que compensou perdas pela seca e calor registradas em importantes regiões.

Redução da safra de soja

Em janeiro, a Aprosoja já tinha diminuído as expectativas de produção nos principais estados.

No relatório divulgada pela associação, as estimativas eram de que a produção de soja caísse em 12 estados. As projeções haviam passado de 117,3 milhões de toneladas para 101 milhões.

Saiba mais: Soja: Associação volta a reduzir projeção para safra nos principais estados

A Aprosoja atribuiu a queda a severa seca que atinge as maiores regiões produtoras desde dezembro. “Caso não volte a chover nos próximos dias, intensificam-se essas perdas. A situação é um pouco mais grave do que as consultorias estão passando”, afirmou à Reuters o presidente da Aprosoja, Bartolomeu Braz.

Outra consultória, a AgRural, estimou um corte de 4% na safra. Além disso, a AgRural destacou que a safra de soja 2018/19 deve ser a menor dos últimos três anos, com 112,5 milhões de toneladas. As condições climáticas desfavoráveis prejudicaram a plantação na fase de desenvolvimento. Os estados também devem sofrer com cortes na safra.

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“Embora o Rio Grande do Sul tenha boas lavouras de soja até o momento, as condições climáticas de fevereiro são decisivas para a produtividade gaúcha. As chuvas e as temperaturas de fevereiro também são importantes para a produtividade do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), região que já registra perdas devido às condições desfavoráveis de janeiro”, disse a AgRural

Renan Dantas

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