SNEL11 expande portfólio com aquisição de usinas solares em operação

O SNEL11, fundo imobiliário de energias limpas da Suno Asset, celebrou em abril a aquisição de cinco sociedades detentoras de direitos reais sobre usinas solares fotovoltaicas (UFVs) já em operação. As novas usinas somam 17,42 MWac de capacidade instalada, o equivalente a 23,5 MWp, e representaram um investimento total de R$ 123,42 milhões. Todas contam com contratos de locação vigentes, garantindo geração imediata de receita para o fundo.

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O SNEL11 manteve em abril a distribuição de R$ 0,10 por cota, com lucro acumulado de R$ 0,11 por cota. O dividend yield anualizado foi de 14,74%, com a cota de mercado fechando o mês a R$ 8,68. Assim, o fundo alcançou 28.933 cotistas e um valor de mercado estimado em R$ 332 milhões.

“Encerramos a oferta no mês anterior, e em abril os recibos da terceira emissão foram convertidos em cotas. Essas cotas já receberam dividendos referentes ao mês de abril, pagos agora em maio”, afirmou Guilherme Barbieri, Head de Infraestrutura da Suno Asset. Com isso, o fundo totaliza 38.334.202 cotas emitidas.

O mês de março marcou a primeira alocação dos recursos da terceira emissão de cotas, encerrada com captação de R$ 166 milhões.

Segundo Barbieri, o foco atual da gestão está direcionado à aquisição de projetos operacionais, em detrimento do desenvolvimento de ativos. “Hoje, o fundo está muito mais voltado para projetos já operacionais. Buscamos sempre o melhor para o cotista, equilibrando risco e retorno. E no mercado atual, temos encontrado o mesmo retorno com risco bem menor nesses projetos”, explicou.

O retorno total do fundo em abril foi de 1,16%, sustentado pelos rendimentos, já que a cota permaneceu estável no período. O desempenho superou indicadores de referência como o CDI (1,06%), IPCA (0,43%) e o benchmark do fundo (IPCA + 7% ao ano, equivalente a 1%). Na comparação, o SNEL11 entregou 110% do CDI, 274% do IPCA e 116% do benchmark, com isenção de IR.

Destaques operacionais do SNEL11

Entre os destaques operacionais do mês, está o início da geração de caixa do projeto Mundo Melhor, que foi energizado e arrendado.

Barbieri também comentou avanços em outras frentes: “A gente acompanha no detalhe os ativos. San Remo 1 e 2 sempre superaram as projeções históricas, mas tivemos uma intercorrência com um transformador, que ficou inoperante após apresentar fissuras. O fabricante já está ciente do problema”.

No Ceará, onde o fundo possui seu menor projeto, houve uma redução tarifária de 1,7%. Já em Pernambuco, com um ativo mais robusto, houve aumento de 3,3% na tarifa, o que tende a beneficiar a geração de caixa.

O resultado caixa do fundo também foi positivo. “Tivemos crescimento relevante nas receitas imobiliárias, impulsionado pelas sociedades operacionais recém-adquiridas, todas já com contratos de locação e gerando receita”, disse Barbieri.

A tendência, segundo ele, é de continuidade na alta, com novas aquisições em fase de fechamento e outros ativos entrando em operação nos próximos meses

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SNEL11 registra lucro de R$ 2,4 milhões

O fundo encerrou abril com um lucro líquido de R$ 2,46 milhões, impulsionado pela expansão no setor de energia solar por meio da aquisição das novas UFVs.

Entre os destaques do mês está a celebração de um novo contrato de locação com a Associação NUV Energia GO, referente à UFV Mundo Melhor, localizada em Planaltina (GO). O contrato foi firmado por uma das SPEs do fundo, com prazo de 5 anos e modelo compensado, proporcionando previsibilidade de receita para o SNEL11.

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Vinícius Alves

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