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SNEL11: como as escolhas certas ajudaram o fundo a se destacar no setor de energia

SNEL11 paineis fotovoltaicos

Foto: Pixabay

O processo de consolidação do SNEL11 como um dos principais fundos imobiliários do mercado no setor de energia passou por uma série de desafios. Um deles foi realizar a escolha adequada na hora de ampliar o portfólio: construir novas usinas ou comprar um empreendimento já concluído?

São muitos fatores que devem ser considerados pela equipe de gestão. “A escolha entre construir um novo ativo ou adquirir um projeto operacional deve ser pautada em criteriosa análise técnica, financeira e regulatória, considerando o contexto macroeconômico e as particularidades de cada oportunidade”, diz a Suno Asset no último relatório gerencial do SNEL11.

No caso da construção, é preciso encontrar a área adequada para negociar o direito de superfície, Depois, com o projeto em mãos, adequar o andamento da obra ao fluxo de receitas, sem perder de vista as taxas de juros e a inflação dos insumos de construção civil. A construção também exige um licenciamento ambiental, o que pode provocar atrasos e aumento de custos.

Além disso, o investimento tem um prazo relativamente longo para dar retorno: depois de todo o processo de construção, é preciso conectar a usina à rede elétrica local, por meio de um processo que passa pela concessionária local, para que ela possa ser locada  e começar a gerar receitas de acordo com a rentabilidade projetada.

SNEL11 optou por construção na montagem inicial do portfólio

A Suno Asset optou por esse modelo para alocação dos recursos das duas primeiras emissões do SNEL11. Após a oferta inicial (IPO), construiu os empreendimentos San Remo 1 e 2 e Itabira, em Minas Gerais; Amontada, no Ceará; e Petrolina 1 a 4, em Pernambuco. Todas já estão prontas e com geração de receita, que chegou a seu recorde em maio, com R$ 1,554 milhão.

Com os recursos da segunda emissão, vieram as obras de mais três usinas. A UFV Mundo Melhor, em Goiás, já foi conectada à rede da Equatorial, concessionária local, com o comissionamento a quente devidamente concluído. A usina já opera em plena capacidade de geração. Segundo o último relatório gerencial, a ocupação ultrapassou em 20% a geração projetada, representando avanço relevante na consolidação do empreendimento.

Também em Goiás, a UFV Liberdade teve seu licenciamento ambiental concluído pela Equatorial, e o processo agora está em fase de análise e liberação final pelo órgão estadual competente.

Já a UFV São Bento Abade, em Minas, está à espera da conexão à rede. A Cemig, concessionária do Estado, está concluindo o processo de reforço da rede, cuja previsão era de conclusão para os primeiros dias de julho. Segundo o relatório, a gestão aguarda o posicionamento formal da concessionária quanto à confirmação do cronograma.

Cotação snel11

Gráfico gerado em: 03/07/2025
6 Meses

Aquisição: opção para alocação dos recursos da 3ª oferta

Diante de um cenário de juros elevados e maior maturidade do setor, a aquisição de usinas já em processo operacional ganhou destaque. Conforme aponta a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), houve um aumento de quase 50% nas transações envolvendo ativos já conectados somente em 2023.

O movimento foi um reflexo da busca dos investidores por operações com receita imediata e menor exposição a riscos construtivos e de regulação. Além disso, a análise do histórico de desempenho e a possibilidade de promover ajustes ou melhorias técnicas pode gerar ganhos adicionais de produtividade, favorecendo a rentabilidade do investimento.

Desta forma, a aquisição de usinas prontas foi a opção para a alocação dos recursos da 3ª emissão, concluída em maio com a aquisição da participação de 15% da Voltxs Energia no Direito Real de Superfície (DRS) do projeto Petrolina, a um custo de R$ 3,6 milhões. O empreendimento é composto por quatro usinas fotovoltaicas, com capacidade instalada total de 4 MWac e 5,04 MWp.

“Os dados das principais consultorias do setor deixam claro que, embora a construção possibilite maior potencial de valorização, o atual ambiente regulatório e o custo de capital elevado tornam a aquisição de ativos prontos uma alternativa mais segura e que permite retorno mais imediato”, completa a gestora, no relatório.

Assim, o SNEL11 conta hoje com um portfólio de usinas espalhadas por seis Estados, alcançando também Rio e São Paulo, num processo de diversificação geográfica que reduz riscos operacionais e regionais. E se consolida como referência no mercado de FIIs para o  investidor que busca retorno sem abrir mão da preocupação com o meio ambiente.

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