Smiles (SMLS3) lucra R$ 89,8 milhões: balanço melhora na base trimestral

A Smiles (SMLS3) registrou um lucro líquido de R$ 89,8 milhões no quarto trimestre de 2020. A companhia mostrou recuperação de 78,8% na comparação com o terceiro trimestre, mas o resultado ainda foi 50% menor do que os R$ 179,5 milhões registrados no mesmo período de 2019.

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No consolidado do ano, o lucro líquido da Smiles foi de R$ 195,9 milhões, 68,7% menor do que os R$ 626,7 milhões registrados em 2019.

A companhia, com a pandemia do coronavírus, viu seu negócio impactado, com a receita líquida no acumulado retraindo 45,5%, de R$ 1,05 bilhão para 572,9 milhões. No quarto trimestre, o total arrecado, R$211 milhões, acelerou na comparação com os três meses imediatamente anteriores, mas ainda ficou 16,6% menor do que aquilo registrado um ano antes.

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As duas principais fontes de receita da Smiles, o acumulo de milhas e o resgate delas, voltaram avançar entre outubro e dezembro, mas ainda são menores do que em 2019. Foram 25,104 milhões de milhas acumuladas, queda de 13,9% na base anual, e 19,9 milhões de milhas resgatadas, queda de 19,7%. No acumulado do ano o acumulo de milhas caiu 25,7% e o resgate, 42,2%.

Segundo a Smiles, apesar de os serviços terem se aproximado mais daquilo que era registrado em 2019 no final do ano, a companhia sentiu também o peso da desvalorização cambial, com o dólar se fortalecendo frente ao real, e da retração econômica, que impacta diretamente principalmente o setor do turismo e resulta em um menor volume de milhas acumuladas através das companhias parceiras.

A Smiles pontua que houve um represamento dos resgates de milhas por conta da covid-19 e que a receita diferida totalizou R$ 1,6 bilhão, crescendo 34% na base anual, que indica um “potencial de geração de resultados em exercícios futuros”. As receitas provindas do breakage, ou seja, de milhas que venceram, avançaram 92,7% no quarto trimestre, chegando a R$ 69 milhões.

Smiles investe durante a pandemia

Apesar da receita caindo, a Smiles registrou um aumento no número dos seus participantes, que fechou o ano em 18,2 milhões, 7,8% a mais do que em 2019. O Clube Smiles também avançou, voltando a acelerar o seu crescimento no final do ano.

Com isso, e com mais investimentos, as despesas operacionais também cresceram. Foi registrado um avanço de 65,6% na base trimestral e 795% na base anual, com R$ 95,1 milhões gastos. No ano, foram R$ 263,58 milhões gastos com despesas do tipo, avanço de 24,4%.

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Segundo a Smiles, o crescimento é justificado por investimentos no setor de tecnologia e informática visando uma retomada acelerada no pós-pandemia. No último trimestre, a Smiles lançou, por exemplo mecanismos como o “descubra seu destino”, em que o cliente pode encontrar a viagem possível a ser feita com o seu total de milhas. Ao longo do ano, foram incrementados também 340 destinos internacionais ao portfólio da empresa.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e e amortização) da Smiles no quarto trimestre foi de R$ 97 milhões, contra R$ 62 milhões no terceiro e R$ 235,3 milhões no quarto trimestre de 2019. No acumulado do ano esse dado foi de R$ 238,8 milhões, ante R$ 792,7 milhões em 2019.

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Vitor Azevedo

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