Shell pede por imposto ‘temporário e isolado’
O presidente da Shell (RDSA34) no Brasil, Cristiano Pinto da Costa, espera que o novo imposto sobre exportações de petróleo bruto, criado para recompor o caixa do governo brasileiro durante o governo do presidente Lula (PT), seja “temporário e isolado”.
O executivo da Shell atenção para o possível impacto em competitividade da indústria, que já gasta dois a cada três barris para pagar impostos, citando um estudo do setor.
“Reconheço os desafios do novo governo na tentativa de equilibrar os déficits, mas esse é um precedente que esperamos que seja temporário e isolado para que a indústria consiga manter um progresso competitivo no longo prazo“, disse Costa, durante a Offshore Technology Conference (OTC), maior evento da indústria de exploração de petróleo e gás no mar, que acontece em Houston, no Texas (EUA), nesta semana.
Nas contas do governo, a cobrança temporária do Imposto de Exportação de petróleo terá um impacto financeiro positivo de R$ 6,6 bilhões.
A taxação de 9,2% sobre óleo cru e minerais betuminosos será temporária, por quatro meses, com vigência até junho.
O executivo ainda teceu críticas ao sistema tributário brasileiro e mencionou a importância do novo arcabouço fiscal, que vai substituir o teto de gastos.
“A complexidade é enorme”, disse. “Novamente, o Brasil tem uma oportunidade de implementar uma nova reforma fiscal e estar ativamente engajado entre o governo e a indústria para garantir que simplifiquemos, mas não tenhamos mais carga tributária“, acrescentou.
Desempenho das ações da Shell
As ações da Shell caem 4,3% no intradia desta terça-feira (2), a 2,34 mil libras esterlinas. Em 12 meses, os papéis caem 0,87%.
Com Estadão Conteúdo