Incentivos para setor automobilístico? Haddad conversa com Lula sobre tema após críticas ao preço dos veículos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, conversou com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sobre as medidas que estão sendo estudadas para impulsionar o setor automobilístico no País. O encontro ocorreu nesta quarta (24), após o governante realizar críticas sobre o alto preço dos carros populares atualmente.

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“A gente apresentou ao presidente algumas possibilidades de medidas e agora a decisão é dele”, disse Haddad, ao retornar à Fazenda após o encontro.

Além de Lula e Haddad, a reunião contou com a participação do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

Questionado se o anúncio será feito na quinta (25), o ministro da Fazenda disse que é uma possibilidade. “Acredito que amanhã, que é dia da indústria, e ele (Lula) queira anunciar, mas não sei se vai dar tempo de processarem (tudo)”, afirmou.

Contudo, o líder da equipe econômica reforçou que não poderia comentar sobre o que está incluído nas medidas, como isenções fiscais ou crédito, porque essa é uma ação desenhada por Alckmin.

Há uma expectativa de que alguma medida seja anunciada em evento na Fiesp na quinta, com a presença de Lula. A reunião de Haddad com Lula ocorreu após o ministro da Fazenda se encontrar com Antônio Filosa, presidente da montadora Stellantis, dona de marcas como Fiat e Peugeot.

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Haddad comemora arcabouço fiscal

Haddad também comemorou o placar favorável ao novo arcabouço fiscal na votação da noite de terça (23) na Câmara, o que considera ser um bom prognóstico para outra medida de interesse da equipe econômica: a reforma tributária.

“O placar foi expressivo. A Câmara dos Deputados deu uma demonstração de que busca um entendimento para ajudar o Brasil a recuperar as taxas de crescimento mais expressivas. Isso também nos dá muita confiança de que a reforma tributária é a próxima tarefa a cumprir. O presidente da Câmara Arthur Lira deixou muito claro que pretende votar a tributária na Câmara no primeiro semestre, portanto antes do recesso”, afirmou Haddad.

Fernando Haddad ainda minimizou o posicionamento crítico de algumas alas do PT ao projeto fiscal, ainda que a bancada tenha seguido a orientação de votar a favor do projeto. Segundo ele, todo mundo sempre concordou com o desenho do projeto, embora existam algumas divergências com os parâmetros. Haddad argumentou que foram os parâmetros que conseguiram angariar apoio de quase totalidade do Congresso.

“Não é fácil conseguir esse placar. O relator fez um grande esforço de encontrar um ponto de equilíbrio. O ponto de equilíbrio, em um Congresso tão heterogêneo, vai acabar desagradando algumas pessoas. Isso também não agradou certos setores da extrema direita, que ficou isolada. Temos muita coisa para votar no Congresso, precisamos buscar equilíbrio”, destacou o ministro antes dos comentários sobre os possíveis incentivos para o setor automobilístico.

Com Estadão Conteúdo

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Erick Matheus Nery

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