Santander (SANB11): CEO admite possibilidade de fechar capital e sair da B3

O CEO do Santander Brasil (SANB11), Mário Leão, afirmou que há possibilidades de a companhia fechar seu capital no país. A declaração ocorreu em reunião com investidores e analistas de bancos de investimentos. Nos últimos meses, surgiram várias especulações sobre uma possível saída de um dos principais bancos de varejo da B3.

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Analistas da Genial Investimentos citam alguns motivos que poderiam contribuir para esse fechamento de capital, como o baixo custo para o controlador, com o free float representando apenas 10% do capital, o equivalente a R$ 11,2 bilhões.

Outros fatores apontados são as eleições presidenciais de 2026, em que existe uma expectativa de valorização das ações brasileiras. Neste caso, o Santander poderia ser motivado a uma movimentação antecipada para evitar uma deterioração na relação de troca com os acionistas minoritários.

Os analistas frisam que a mesma estratégia foi adotada, com êxito, no fechamento de capital do Santander México em 2023.

Pilares do Santander (SANB11)

Na reunião com investidores, Leão falou sobre os números da instituição que ele considera ser os pilares, como a meta de ROE sustentável de 20%. O CEO do Santander (SANB11) admitiu que este é um número que deve ser atingido somente em 2027. A previsão anterior era que isso ocorresse já no ano que vem, mas o índice no primeiro trimestre deste ano, de 17,5% forçou um redesenho das metas.

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A partir desta reunião, os analistas da Genial ponderam que, apesar da melhora no retorno marginal das novas carteiras, há preocupação para o futuro, especialmente em relação aos índices de inadimplência, que tendem a subir durante o ano, refletindo o enfraquecimento da rolagem de crédito.

O Santander Brasil já vem observando “sinais de deterioração na base” e se antecipa com algumas medidas como write-offs acelerados, ajustes nos critérios de renegociação e revisão rápida (30-60 dias) das políticas de concessão.

Cortes de custos

O Santander vem adotando uma estratégia agressiva de corte de custos, que se reflete por exemplo na redução no número de agências. Anos atrás a instituição contava com mais de 2 mil unidades, hoje caiu para 1.126 e deve chegar a “algumas centenas” nos próximos anos.

As mudanças também devem atingir os call centers, com a previsão de redução da equipe pela metade em até três anos e à “simplificação drástica” do portfólio de produtos oferecidos pelo Santander (SANB11).

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