Rio voltará a ter uma bolsa de valores?

O governo do Estado do Rio de Janeiro anunciou uma parceria com a Nasdaq para criar uma subsidiária brasileira da Bolsa americana. A bolsa vai organizar compra e venda de créditos de carbono e ativos ambientais, como energia, clima e florestas, e a expectativa é que já esteja funcionando no segundo semestre deste ano.

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A parceria prevê o intercâmbio de informações entre o governo do Estado, a Nasdaq e a Global Environmental Asset Plataform, conforme comunicado do governo, para a implementação de políticas públicas para certificar, emitir e negociar créditos de carbono, como, por exemplo, a entrega de créditos ambientais a contribuintes que quitarem seus débitos do IPVA.

Nos próximos 90 dias, serão criados um grupo de trabalho para discutir as medidas propostas e um projeto-piloto. Após esse período de avaliação, será instalada uma subsidiária brasileira da Nasdaq no Rio de Janeiro.

“A Nasdaq fornecerá a tecnologia, e o Estado, os ativos ambientais” disse o governador do Rio, Cláudio Castro, ontem (8), em Nova York.

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“Há expectativa que o potencial econômico ambiental do Rio alcance um estoque de CO2 de 73 milhões de toneladas, representando R$ 25 bilhões. E cada tonelada desse ativo ambiental pode custar em média US$ 5. O segmento está ganhando força em todo o mundo e é visto como uma das alternativas de retomada da economia após a crise causada pela pandemia da covid-19.”

“Após 21 anos do fechamento da Bolsa de Valores no RJ, o mercado financeiro volta ao estado com a implantação de uma plataforma para a compra e venda de créditos de carbono e ativos ambientais”, escreveu o governador em sua conta no Instagram.

Bolsa e crédito de Carbono

Os créditos de carbono são vendidos para países que não atingiram suas metas de redução de gases causadores do efeito estufa por aqueles que reduziram as emissões. Os recursos financeiros são aplicados em projetos como reflorestamento e outras ações de mitigação de emissões de Gases de Efeito Estufa.

“A meta é trazer também os ativos ambientais da iniciativa privada para serem negociados por meio da plataforma da Nasdaq, que, a princípio, vai operar no exterior”, disse o secretário de Fazenda, Nelson Rocha. “Vamos criar ambiente propício para que essa expansão aconteça nos próximos anos. Queremos fazer do Rio um hub de investimentos de ativos ambientais.”

A Nasdaq é criadora do Sustainable Stock Exchanges (SSE), programa em parceria com a Organização das Nações Unidas que disponibiliza uma plataforma global para que as bolsas estimulem o investimento sustentável com a colaboração de investidores e empresas. Em 2018, foi lançada a primeira bolsa digital regulamentada do mundo para tokens com base em ativos, que conta com a operação da Nasdaq Technologies.

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Bloomberg Línea

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