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Resumo da semana: apesar de tropeços, Ibovespa fecha no verde

O Ibovespa abriu em leve alta na manhã desta terça-feira , ainda digerindo as reformas ministeriais no jogo político brasileiro.

Ibovespa (reprodução).

O Ibovespa fechou a semana avançando 4,70%, a 115.202 pontos, apesar de ter sofrido com a perspectiva de um furo no teto fiscal e com a aprovação de novos impostos a bancos. O real, por sua vez, não conseguiu segurar o otimismo nos primeiros cinco pregões de março desvalorizando cerca de 1,55% ante ao dólar, com uma moeda americana valendo R$ 5,6835.

O fato de terem circulado comentários no começo da semana de que autoridades ligadas ao Governo Federal esperavam desvincular os pagamentos do Bolsa Família do controle do teto de gastos e de que Marcio Bittar, relator da PEC Emergencial no Congresso, incluiria no texto a possibilidade do Estado realizar novos empréstimos, abalaram o mercado. O anúncio de novos impostos sobre bancos também influenciou.

A aprovação da PEC Emergencial, já mais no final da semana, sem fatiamentos e a manutenção dos gastos com o Bolsa Família dentro do teto ajudaram a empurrar o Ibovespa, controlando também os contratos de juros futuros, que, na quarta dispararam.

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O real, porém, não seguiu o mesmo caminho e se desvalorizou ante o dólar, acompanhando, majoritariamente, a movimentação no exterior. O índice DXY, que mede a performance da moeda americana ante pares, fechou a semana avançando 1,22%.

Investidores estrangeiros têm buscado a economia americana, inclusive retirando capital do Brasil, de olho nos rendimentos dos Treasuries. Apenas nos dias dois e três de março, por exemplo, R$ 1,481 bilhão proveniente de outros países saiu da B3. Em fevereiro, o saldo líquido ficou negativo em R$ 6,78 bilhões.

A alta Treasuries americanos atua junto com os burburinhos políticos brasileiros. As notas de dez anos do tesouro americano fecharam a semana em uma taxa de 1,577%, sendo que, no início do ano, estavam em cerca de 0,90%.

O avanço desses ativos tendem a chamar atenção dos investidores, uma vez que esses seriam “os papéis mais seguros do mundo”, já que os Estados Unidos, o credor, é a maior potência econômica do planeta. O aporte de capital na economia americana acaba por valorizar o dólar.7

Investidores locais empurram Ibovespa

O avanço do Ibovespa é explicado, então, pelo aporte de investidores locais. Nos dias dois e três de março, segundo a B3, os investidores institucionais entraram com R$ 444 milhões e os individuais com R$ 472 milhões.

Apesar de todo o contexto, o Ibovespa se destacou. O S&P 500 e o Dow Jones, importantes índices americanos, fecharam a semana no verde mas com avanços menores, subindo, respectivamente, 0,81% e 1,85%. A Nasdaq, índice americano que comporta as principais companhias de tecnologia, por outro lado, caiu 1,87%.

Na Europa, o STOOX Europe 600, o principal da União Europeia, fechou estável, subindo apenas 0,11%, o DAX, da Alemanha, regrediu 0,30% e o FTSE, de Londres, avançou 2,20%.

As maiores altas do Ibovespa foram: Assaí (ASAI3), avançando 410%, PetroRio (PRIO3), que subiu 19,67% e a Cosan (CSAN3), que fechou a semana com um saldo positivo de 12,69%

 

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