Itaú (ITUB4) lucra R$ 7,16 bi no 4T21, alta de 32,87%; carteira de crédito cresce e chega a R$ 1,027 tri

O Itaú Unibanco (ITUB4) registrou lucro recorrente gerencial de R$ 7,16 bilhões no quarto trimestre de 2021, uma alta de 32,87% em relação ao mesmo período do ano anterior. O retorno recorrente gerencial sobre o patrimônio líquido médio anualizado (ROE) foi de 20,2% no consolidado, enquanto no Brasil o retorno atingiu 20,9%.

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Entre os fatores que mais influenciaram os resultados do Itaú no 4T21 estão o crescimento da margem financeira com clientes, impulsionado pelo maior volume de crédito e da mudança de mix de produtos, com maior crescimento relativo de produtos com melhores spreads.

“Também contribuiu para os números o aumento das receitas de prestação de serviços em razão da melhora na atividade econômica e do consequente crescimento das receitas com cartões”, diz o banco, no relatório.

No ano de 2021, o lucro do Itaú subiu 45% em relação a 2020, para R$ 26,879 bilhões. O banco teve um forte impulso de seu produto bancário, que saltou de R$ 114,785 bilhões no ano anterior para R$ 125,601 bilhões no ano passado. O dado é a soma das margens do banco e das receitas com outros produtos e serviços.

A carteira de crédito total — incluindo garantias financeiras e títulos privados — cresceu 18,1% ante o quarto trimestre de 2020, atingindo R$ 1,027 trilhão. O desempenho refletiu a performance das carteiras de crédito de pessoas físicas e de micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), que avançaram 30,1% e 23,4%, respectivamente.

O custo do crédito, que inclui a despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa (PDD), totalizou R$ 6,20 bilhões no quarto trimestre, uma alta de 2,8% quando comparado ao mesmo trimestre do ano passado.

Segundo o Itaú, o aumento no custo de crédito foi impulsionado por maior provisionamento pelos negócios de varejo no Brasil, “com maior originação em produtos de crédito ao consumo sem garantias”, indica relatório.

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O índice de inadimplência, medido por créditos vencidos há mais de 90 dias, ficou em 2,5%, com aumento de 0,2 ponto percentual na base anual. “Esse aumento ocorreu no segmento de pessoas físicas no Brasil e está relacionado com o crescimento da carteira de crédito, que cresceu 9,5% neste segmento e 6,7% no total”.

As receitas com serviços e seguros aumentaram 5,8% na comparação anual, tendo os resultados da XP Inc. contribuído durante apenas 5 meses, diz o relatório do Itaú. Desconsiderando o resultado da XP, o crescimento teria sido de 7,2%.

“Esse aumento ocorreu em função do maior faturamento na atividade de emissão de cartões e dos maiores ganhos com assessoria econômico-financeira associados com a maior atividade do mercado de capitais“, indica o balanço do Itaú.

Com os maiores gastos do banco com provisões, o índice de cobertura do Itaú foi a 241%, um aumento de 11 pontos porcentuais em relação ao registrado no terceiro trimestre. Mas foi 79 pontos menor que o de dezembro de 2020, quando o índice de cobertura do banco chegava a 320%.

Em nota distribuída à imprensa, o presidente do Itaú Unibanco, Milton Maluhy Filho, disse que a instituição está pronta para seguir crescendo neste ano. “Esperamos expandir nossa carteira de crédito de forma sustentável e retomar os resultados recorrentes em níveis superiores aos de antes da pandemia”, disse ele. “Nossa perspectiva para 2022 considera a manutenção da trajetória de recuperação e de bons resultados que obtivemos no ano passado.”

Maluhy afirmou ainda que o conglomerado começou o ano com “avanços importantes” em sua transformação cultural e digital, que se refletiram nos resultados do quarto trimestre.

Já o CFO do Itaú, Alexsandro Broedel, destacou que o banco está conseguindo ampliar a satisfação de seus clientes graças ao investimento digital, e que ao mesmo tempo, tem tido bom resultado financeiro. “Saímos desse período fortalecidos e muito bem posicionados para mantermos a rota de crescimento em 2022”, apontou.

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Itaú: despesas totais somam R$ 13,361 bi no 4º trimestre

As despesas totais do Itaú Unibanco subiram 0,3% entre o quarto trimestre de 2020 e o mesmo período do ano passado, para R$ 13,361 bilhões. No período, o banco contrabalançou avanços nas despesas de pessoal com um maior controle nas despesas administrativas.

As despesas de pessoal do conglomerado chegaram a R$ 5,396 bilhões, alta de 3,2% em um ano, e de 2,1% em um trimestre. Segundo o banco, o crescimento se deu pelo aumento na participação de resultados paga aos funcionários.

Já as despesas administrativas subiram 0,9% ano contra ano, e 5,6% trimestre a trimestre, para R$ 4,411 bilhões. “As despesas administrativas são sazonalmente maiores no quarto trimestre e aumentaram por maiores gastos em propaganda, serviços de terceiros, instalações, materiais, processamento de dados e telecomunicações”, afirma o banco em seu informe de resultados.

Ainda assim, o índice de eficiência do Itaú caiu para 43% no quarto trimestre, ante os 49,4% registrados 12 meses antes e os 44% do terceiro trimestre do ano passado. Quanto menor esse índice, mais eficiente é um banco.

Rede captura R$ 180,117 bi no 4º trimestre, alta de 16,6% em um ano

A Rede, empresa de maquininhas de cartões do Itaú Unibanco, capturou R$ 180,117 bilhões no quarto trimestre, alta de 16,6% na comparação com o mesmo período de 2020. Ante o terceiro trimestre de 2021, o avanço foi de 11%.

O destaque de crescimento foi o cartão de crédito, com alta de 23% na captura das operações no quarto trimestre, de acordo com o balanço. A base de maquininhas da Rede encerrou dezembro em 1,269 milhão de unidades, ante 1,330 milhão do final de 2020.

A evolução das receitas de adquirência, ressalta o Itaú, ocorreu devido a “maiores receitas com volumes antecipados e maior faturamento em crédito e débito, parcialmente compensadas por menores ganhos com aluguel de máquinas”.

Cotação do Itaú

No fechamento desta quinta-feira (10), a ação preferencial do Itaú (ITUB4) registrou alta de 1,91% e atingiu R$ 25,05, enquanto a ação ordinária subiu 1,30%, para R$ 21,77.

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Com informações do Estadão Conteúdo

Monique Lima

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