Mercado teme impactos econômicos globais com novas restrições na China por Covid-19

O mercado teme possíveis impactos econômicos globais com o aumento das restrições impostas pela China para conter a nova onda de Covid-19 no país. Nesta terça (22), mais de 28 mil casos foram identificados, com surtos em grandes cidades e no centro industrial de Guangzhou, sudeste chinês.

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No maior distrito de Pequim, Chaoyang, a maioria dos negócios não essenciais foi fechada. Restaurantes e espaços de entretenimento também tiveram de permanecer de portas fechadas em outros pontos da cidade.

“A China está vendo um nível recorde de lockdowns. É ainda um pouco pior do que o lockdown de Xangai, porque muitas cidades estão parcialmente fechadas”, afirmou Ting Lu, economista-chefe da Nomura para a China, ao Financial Times. A estimativa do banco é de que essas restrições atingiram regiões responsáveis por um quinto do Produto Interno Bruto (PIB) da China.

No segundo trimestre, o lockdown em Xangai desacelerou o crescimento econômico. Os efeitos dessas medidas ainda geram impactos: as vendas no varejo caíram 0,5% em outubro, e a produção industrial segue moderada.

Há menos de duas semanas, o governo pediu para que os controles fossem diminuídos, sinalização que provocou uma recuperação no mercado. No entanto, o crescente número de casos causa preocupação nos comerciantes e nos agentes econômicos.

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China vive situação delicada

Principal mercado na Ásia e maior comerciante do mundo, a China vive uma situação complexa com os novos surtos. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças de Pequim argumenta que a capital do país protagoniza “o ambiente mais complexo e desafiador” desde o início da crise sanitária.

Outro gargalo é a situação dos portos: restrições que afetem o funcionamento deste modelo de transporte podem acarretar em dificuldades no comércio global.

“Achamos que a China ainda não está pronta para se abrir. Esperamos que as autoridades chinesas continuem ajustando os controles da Covid-19 nos próximos meses, avançando para uma reabertura mais ampla e abrangente posteriormente”, escreveu Louis Loo, da Oxford Economics, em relatório.

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Erick Matheus Nery

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