Renault pode vender participação de 68% na russa AvtoVaz para estatal do país por US$ 1

A Renault pode transferir sua participação de 68% da AvtoVaz, montadora russa, para o Nami, instituto estatal da Rússia, especializado em pesquisa automotiva. As informações são do jornal Valor Econômico.

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Nesta quarta-feira (27), o ministro do Comércio da Rússia, Denis Manturov, anunciou a possível compra da participação pelo valor simbólico de um rublo, ou US$ 0,01.

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O grupo Renault era, entre os construtores de automóveis ocidentais, aquele que estava mais exposto às sanções contra o país.

Entretanto, a Renault teria a opção de, após cinco ou seis anos, comprá-la de volta, disse o Ministério Indústria da Rússia, em nota. O instituto responde diretamente a este Ministério – ou seja, seria essencialmente uma nacionalização realizada pelo governo.

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Além disso, a expectativa é de que a Renault transfira suas ações em sua fábrica de automóveis Avtoframos, em Moscou, para o governo da cidade. Um porta-voz da empresa se recusou a comentar o relatório.

Em março, quando a guerra no leste europeu estourou, a Renault chegou a suspender as operações na fábrica de Moscou. A companhia considerou transferir sua propriedade da AvtoVaz para um investidor local como uma saída do país.

O diretor financeiro da Renault, Thierry Pieton, afirmou na semana anterior que as negociações com a AvtoVaz estavam progredindo.

A Renault avaliou suas operações na Rússia, seu segundo maior mercado, em 2,2 bilhões de euros, incluindo ágio, no final do ano passado.

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Além da Renault: estatal polonesa confirma corte de gás da Rússia à Polônia

A estatal PGNiG, companhia petrolífera da Polônia, confirmou nesta terça-feira (26) que recebeu uma carta da estatal Gazprom, da Rússia, anunciando a suspensão completa dos fornecimentos de gás sob o contrato Yamal, a partir desta quarta-feira, 27.

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Por meio de comunicado oficial, a PGNiG afirma que monitora a situação e que manterá o mercado atualizado sobre o corte de gás da Rússia, estando preparada para diversos cenários. A empresa ainda diz que sua infraestrutura de transmissão está funcionando sem problemas.

“Graças à implementação da estratégia governamental de diversificação das fontes de abastecimento de gás, a PGNiG está preparada para obter gás de várias direções. O balanço é complementado pela produção nacional de gás e reservas de combustível acumuladas em instalações de armazenamento subterrâneo. Atualmente, o nível do armazém é de cerca de 80%”, diz o texto.

Anteriormente, autoridades da Rússia haviam ameaçado cortar o gás para países da Europa, a menos que estes pagassem em rublos, o que para as nações europeias significaria uma quebra de contrato.

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Victória Anhesini

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