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Radar: Petrobras (PETR4) cai 4%, Saesa é alvo de ação judiciária de quase R$ 1 bi, Itaúsa (ITSA4) e Votorantim compram fatia de 14,8% da CCR (CCRO3)

Petrobras (PETR4), Oi (OIBR3), Vale (VALE3) e Copel (CPLE6) são destaques de empresas desta segunda

Petrobras (PETR4). Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Com queda acumulada de 5% no barril de petróleo Brent nas últimas duas semanas, e o mergulho de 8,2% na commodity nesta terça-feira (5), o BTG Pactual (BPAC11) acredita que, junto com o temor por recessão nos Estados Unidos e o crescimento de 14% no preço do diesel, a Petrobras (PETR4) verá alívio em seus papéis nas próximas semanas.

Os preços locais dos combustíveis estão com um pequeno desconto de 2% na paridade de importação (PPI), apesar do real cada vez mais fraco.

Os analistas do banco de investimentos argumentam que a Petrobras está em uma posição “curiosa” para um produtor de petróleo. “Qualquer fator que reduza o preço do petróleo em reais é positivo para a empresa, permitindo que ela opere livre das pressões políticas que são desencadeadas toda vez que seus lucros e pagamentos de dividendos começam a se expandir”, afirmam, em relatório.

Desta forma, é possível presumir que o fortalecimento do diesel no Brasil está em ambiente seguro, ao menos enquanto os descontos do PPI não ultrapassem o patamar entre 20% e 30%. Isso significa que a Petrobras tem uma “gordurinha” antes de precisar aumentar os preços dos combustíveis de novo.

“Além disso, a mera aprovação de Caio Paes de Andrade como CEO na semana passada cria uma narrativa de mudança que deve reduzir as pressões do Congresso sobre a política de preços da empresa por enquanto, embora nosso caso base ainda considere que o estatuto da Petrobras preservará o status quo”, ressalta o texto.

Movimento da Petrobras pode ser apenas de curto prazo

A princípio, os analistas do BTG acreditam que os investidores da Petrobras podem se beneficiar com um dividend yield de 20% em 2023, com os valores do barril Brent a US$ 90/bbl, o que seria aproximadamente 21% abaixo do preço de spot.

Haveria menores spreads de refino, diminuindo as chances do preço ser usado como ferramenta política.

Neste caso, os analistas do banco de investimentos enxergam ressalvas no que seria um movimento estratégico da companhia: pode haver uma recuperação de curto prazo nos valores do petróleo, a depender de como o cenário macroeconômico vai se desenvolver nas próximas semanas.

“De fato, com os impostos sobre os combustíveis já em níveis muito baixos, achamos que o ônus dos preços mais altos dos combustíveis no Brasil agora recairá quase inteiramente sobre a companhia”, relembram.

Além disso, faltam menos de 90 dias para o primeiro turno da eleição presidencial, o que pode se tornar uma combinação perigosa para compensar parcialmente os fundamentos.

“Permanecemos à margem devido ao nosso desconforto com a volatilidade do preço das ações da Petrobras”, diz o relatório. A recomendação de compra das ações da Petrobras é neutra, com preço alvo de R$ 41.

Além da Petrobras, confira outros destaques desta terça-feira:

Saesa é alvo de ação judiciária de quase R$ 1 bilhão

BRF (BRFS3) sobe 7,67%; o que está acontecendo com as ações?

Itaúsa (ITSA4) e Votorantim compram fatia de 14,8% da CCR (CCRO3) por R$ 4,1 bilhões

Da Petrobras à Itaúsa, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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