Radar: Azul (AZUL4) tem forte alta no Ibovespa, ações de VALE (VALE3) recuam com cenário chinês e Eletromidia (ELMD3) fecha com a Globo

As ações da Azul (AZUL4) e da Gol (GOLL4) fecharam negociadas em forte alta no pregão desta segunda (6). O movimento ocorre após as empresas do setor aéreo revelarem que conseguiram fechar acordos com os credores.

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No Ibovespa hoje, as ações da Azul, que chegaram a entrar em leilão após registrarem uma alta de 50%, fecharam em alta de 38%, cotadas a R$ 9,99. Já os papéis da Gol terminaram com avanço de 24%, a R$ 6,36 – mas foram negociadas normalmente na B3. A CVC (CVCB3) seguiu na cola das aéreas e subiu 19%, ao preço de R$ 3,33.

No caso da Azul, além da divulgação do balanço do quarto trimestre de 2022, a empresa afirmou no domingo (5) que fechou um acordo com os arrendadores das suas aeronaves, o que correspondia a 90% das dívidas dessa categoria.

“A celebração desses acordos demonstra um enorme sucesso em nossa abordagem. Os arrendadores reconheceram que apoiar a Azul é uma decisão empresarial inteligente que maximiza sua receita, mas ainda assim nos sentimos honrados e gratos pelo seu valioso apoio”, destacou Alex Malfitani, CFO da Azul, no comunicado publicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Na Gol, a boa notícia chegou na sexta (3), quando a empresa informou que concluiu a reestruturação de títulos (bonds) com a Abra Group e um grupo de credores.

Além do Azul, confira outros destaques desta segunda-feira:

Meta de crescimento chinês derruba ações da Vale (VALE3) e mineradoras no Ibovespa hoje; confira cotações

  • As ações da Vale (VALE3) fecharam em forte queda nesta segunda-feira (6). Os papéis da mineradora recuaram 3,53%, cotados a R$ 86,15, impactados pelo anúncio da meta de crescimento da China — maior importador do minério de ferro. Apesar da queda da blue chip, o Ibovespa ganhou 0,80% aos 104.700 pontos.
  • Nos seis dias deste mês de março, os ativos da Vale operaram com uma desvalorização de 2,93%. No acumulado dos últimos 12 meses, houve queda de 10,1%, de acordo com os dados do Status Invest.
  • Junto à queda das ações da Vale no Ibovespa, as empresas do setor de mineração e siderurgia também fecharam com perdas, menos a CMIN3, que passou o dia no vermelho, mas encerrou o pregão estável. Confira abaixo:
  • CSN (CSNA3): -3,84%
  • CSN Mineração (CMIN3): 0%
  • Usiminas (USIM5): -1,81%
  • Metalúrgica Gerdau (GOAU4): -2,24%
  • Gerdau (GGBR4): -3,20%
  • Entre as razões para a queda da Vale e de mineradoras no Ibovespa está o preço do minério de ferro, que caiu hoje após o anúncio da meta de crescimento da China.
  • Nesta segunda-feira, a commodity, negociada na bolsa de Dalian, teve perda de 2,13% e fechou em aproximadamente a US$ 129,57 (897 iuanes) a tonelada.

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Ações da Eletromidia (ELMD3) crescem no Ibovespa hoje após acordo com Globo

  • As ações da Eletromidia (ELMD3) fecharam negociadas com alta de 17% no Ibovespa hoje desta segunda (6), a R$ 13,80. O movimento ocorrei após a empresa divulgar ao mercado que fechou um acordo para que a Globo compre uma participação acionária no negócio.
  • Por volta das 12h20 do Ibovespa hoje, os papéis ELMD3 já eram negociados em alta de 11,02%, ao preço de R$ 13,10.
  • Em fato relevante divulgado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta segunda, a empresa de mídia por painéis eletrônicos informou ao mercado que a venda das ações da Eletromidia para a Globo ocorrerá por meio do fundo Vesuvius LBO e pelo acionista Alexandre Guerrero Martins, CEO da companhia.
  • O valor da transação não foi informado, mas a companhia listada na Bolsa afirmou que uma das condições dessa operação é que a Globo compre, no mínimo, 8.997.563 ações da Eletromidia “por meio de operações na Bolsa de Valores) até 30 dias após a assinatura do contrato e a aprovação do negócio pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
  • Com essa operação, a Globo terá entre 15 a 18% das ações da Eletromidia. Depois da conclusão do negócio, o principal grupo de mídia do País terá direito a um assento no Conselho da companhia e participará dos comitês estratégicos da empresa.

Nubank (NUBR33) nomeia executivo ex-Meta (M1TA34) e ex-PayPal (PYPL34) para Conselho

  • Nubank (NUBR33) anunciou nesta segunda (6) que o americano David Marcus foi nomeado para seu Conselho de Administração. O executivo, que criou três startups nas últimas três décadas, é atualmente CEO da empresa de tecnologia Lightspark – e também foi seu cofundador.
  • Marcus trabalhou por anos em empresas de tecnologia, como a Meta (M1TA34), dona do Facebook, onde ficou sete anos, e a PayPal (PYPL34), em que foi presidente.
  • Como membro do Conselho, o executivo deve ajudar o Nubank em sua estratégia de ser um banco digital “multipaís, multiproduto e multisegmento”, de acordo com comunicado da fintech.
  • O novo conselheiro entra no lugar do ex-CEO global da Coca-Cola, Muhtar Kent, que saiu por questões pessoais no final de 2022. Marcus é descrito como hábil na “interseção de serviços financeiros” com o mundo da tecnologia de consumo.
  • Na Meta, ele esteve à frente de projetos como o Messenger, o serviço de mensagens, que chegou a mais de 1,5 bilhão de usuários e que também passou a ser uma plataforma de pagamentos.
  • No lado empreendedor, Marcus criou duas empresas na Europa e, em seguida, fundou a empresa de pagamentos móveis Zong, no Vale do Silício, que foi adquirida pelo PayPal em 2011.
  • Além de David Marcus, o conselho de administração do Nubank é formado por Anita Sands, Daniel Goldberg, Doug Leone, Jacqueline Reses, Luis Alberto Moreno, Thuan Pham, Rogério Calderón e David Vélez, que é o presidente do Conselho e o fundador do banco digital.

Americanas (AMER3): conselheiros fiscais estão impedidos de vender patrimônio após vitória judicial do Bradesco (BBDC4); entenda

  • Um dos maiores credores da Americanas (AMER3), o Bradesco (BBDC4) conseguiu nova vitória judicial contra a varejista. Segundo informações divulgadas nesta segunda (6), o conselho fiscal da empresa de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira está impedido de vender seu patrimônio.
  • De acordo com informações publicadas pelo jornal Valor Econômico, uma das teses utilizadas pelos bancos credores é a desconsideração da pessoa jurídica, para que os administradores e o trio de acionistas de referência (Lemann, Telles e Sicupira) possam ser responsabilizados pelo rombo bilionário no negócio.
  • O juiz Mario Chiuvite Júnior argumentou na decisão que existe o “período de dano a eventual direito da parte autora decorrente do fato de a não concessão da presente medida poder acarretar grave dano ao exercício dos direitos da parte autora, no tocante à eventual cobrança do vultuoso valor em tela”.
  • Por isso, o magistrado determinou o impedimento da venda dos bens para que não haja um “esvaziamento patrimonial e/ou fraude que possa frustrar a satisfação do alegado crédito”.
  • Na semana passada, a Justiça extinguiu um processo similar que o banco movia contra os integrantes do Conselho de Administração da varejista. O juiz Fernando José Cúnico entendeu que a relação do banco é com a Americanas, e não com os acionistas e titulares do conselho. De acordo com uma fonte do Valor, o banco vai recorrer da decisão.
  • Procurada pelo Valor, a Americanas não respondeu os questionamentos até a publicação da reportagem.

Do Azul à Americanas, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Vanessa Loiola

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