Petrobras (PETR4) registra queda de 4,1% na produção do 3º trimestre

A produção média de óleo, gás natural e líquido de gás natural (LGN) da Petrobras (PETR4) alcançou 2,83 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) no terceiro trimestre de 2021, 4,1% abaixo do registrado em igual período do ano passado. Os dados foram divulgados em relatório de produção e vendas da estatal, publicado nesta quarta-feira (20).

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No consolidado, a Petrobras produziu 2,269 milhões de barris por dia (bpd) de petróleo, um recuo de 4% em relação ao ano anterior.

A produção no pré-sal alcançou 1,673 milhões de bpd no trimestre, 1,3% superior ao terceiro trimestre de 2020.

A produção do pós-sal no foi de 501 mil bpd, 13,8% inferior na base anual, devido às maiores perdas com paradas de manutenção e ao declínio natural dos reservatórios, efeitos parcialmente compensados pelos ganhos de projetos complementares no Campo de Marlim Leste, na Bacia de Campos.

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Já a produção da Petrobras em terra e águas rasas foi de 95 mil bpd no trimestre, 37 mil bpd abaixo do apurado no ano passado, em razão do processo de desinvestimento de campos terrestres do Polo Rio Ventura e do declínio natural de produção.

Por sua vez, a produção no exterior chegou 41 mil bpd, sendo referente aos campos da Bolívia, Argentina e Estados Unidos, resultado 14,6 mil bpd inferior ao terceiro trimestre do ano anterior.

Venda de derivados da Petrobras sobe no 3º tri

As vendas de derivados totalizaram 1,946 milhão de bpd no intervalo, marca 10,5% maior na comparação anualizada, com aumento nas vendas de todos os derivados, ressaltando-se o crescimento da gasolina, do diesel e do Querosene de Aviação (QAV).

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As vendas de gasolina registraram crescimento de 17,9%, chegando a 441 mil bpd, com destaque para as vendas de setembro de 2021, as maiores desde dezembro de 2017. “Houve novamente aumento de consumo em relação ao etanol hidratado no ciclo Otto, elevação gradual da demanda e queda das importações de terceiros, resultando em aumento de participação de mercado,” explicou a Petrobras no relatório.

A sazonalidade da demanda impulsionou as vendas de diesel no terceiro trimestre deste ano, as quais subiram 6,4% ante 2020, para 867 mil bpd.

O crescimento da comercialização do QAV ocorreu em função da recuperação do mercado de aviação, em meio à retomada dos voos domésticos e internacionais após o impacto negativo da segunda onda da Covid-19. O volume de vendas da Petrobras cresceu 108,9% no período, fechando em 80 mil bpd.

Petrobras: importação de gasolina subiu 950% no 3º trimestre; do diesel, 548,1%

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No início deste mês, a petrolífera estatal avisou às suas clientes que não vai fornecer uma parcela dos pedidos para novembro. Para fazer frente à toda demanda nos postos, as distribuidoras vão ter que importar por conta própria. Algumas delas não gostaram da notícia e foram reclamar à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Esse aumento de importação aconteceu ao mesmo tempo em que a Petrobras ampliou a produção nas suas refinarias. O fator de utilização da capacidade, no terceiro trimestre ficou em 85%, mesmo porcentual de igual período de 2020 e 10 pontos porcentuais acima do trimestre anterior.

Em outubro, o fator de utilização já chegou em 90%. Com esse crescimento expressivo da importação de gasolina e diesel, a exportação líquida da Petrobras caiu 49,7% na comparação com o terceiro trimestre de 2020. As exportações totais foram de 813 mil barris por dia (queda de 17,3%) e as importações, de 415 mil bpd (alta de 116%). A maior parcela importada foi de diesel (175 mil bpd) e a exportada foi de petróleo (604 mil bpd).

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Arthur Guimarães

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