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ANP libera e PRIO (PRIO3) acelera motores em Peregrino: produção volta imediatamente

Prio. Foto: Divulgação

PRIO inicia o ramp up do FPSO Peregrino após autorização da ANP. Foto: Divulgação

PRIO (PRIO3) recebeu autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para retomar a produção do Campo de Peregrino, operado pela Equinor do Brasil. O aval foi concedido nesta sexta-feira (17) e marca o início imediato do processo de ramp up — o aumento gradual da produção do FPSO Peregrino.

Segundo comunicado da companhia, “a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis autorizou na data de hoje o retorno da produção do FPSO Peregrino, operado pela Equinor do Brasil Ltda., conforme ofício enviado às companhias consorciadas do ativo por meio da Superintendência de Segurança Operacional”.

A liberação encerra uma paralisação iniciada em meados de agosto, quando a ANP detectou “situações de risco grave e iminente” durante auditoria no campo. As pendências incluíam documentação de segurança, análise de risco e ajustes no sistema de dilúvio. A Equinor, operadora do ativo, iniciou reparos logo após a interdição, que estavam previstos para durar entre três e seis semanas.

PRIO volta a equilibrar produção após meses de queda

A retomada de Peregrino traz alívio para os números da PRIO, que viram a produção cair 22% em setembro ante agosto, com média de 71.269 barris de óleo equivalente por dia (boe/dia). A parada de Peregrino foi o principal fator para a redução.

No trimestre, a média de produção ficou em 88.168 boe/dia. O Cluster Polvo + Tubarão Martelo registrou 14.325 boe/dia, queda de 8,7% devido à manutenção do poço TBMT-6H, que voltou a operar em 15 de setembro. Albacora Leste produziu 23.654 boe/dia (-13,9%) e Frade, 33.290 boe/dia (-0,8%).

Do lado comercial, as vendas de petróleo somaram 2,73 milhões de barris em setembro, queda de 10,5% frente a agosto. Mesmo assim, o volume do terceiro trimestre cresceu 8,2% na comparação com o trimestre anterior, totalizando 8,84 milhões de barris.

Impacto financeiro e perspectivas

Analistas do Safra estimaram, no momento da interdição, que a paralisação poderia gerar uma perda entre US$ 30 milhões e US$ 60 milhões para a PRIO, o equivalente a 0,5% a 1% do valor de mercado da companhia. Considerando 100% do campo, o impacto poderia chegar a 1,5% a 3%.

Agora, com o ramp up iniciado e a operação em Peregrino de volta ao ritmo, a PRIO tende a recuperar parte da produção perdida e a reforçar seu caixa operacional no quarto trimestre. A liberação da ANP elimina uma das principais incertezas que vinham pressionando o papel no curto prazo e recoloca a petroleira no caminho de expansão contínua.

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