Previdência: PSL pode desidratar e atrasar votação, diz Marcelo Ramos

As propostas apresentadas pelo PSL para mudar a reforma da Previdência podem atrasar a votação na comissão especial, nesta quarta-feira (26), segundo o presidente da comissão, Marcelo Ramos.

O partido do presidente Jair Bolsonaro quer realizar mudanças na reforma Previdência a favor das corporações públicas. Além disso, a comissão deve falar sobre a redução da economia com o novo texto da reforma.

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Primeiramente, a comissão especial vai votar o texto do relator Samuel Moreira, que fez alterações na proposta enviada pelo governo ao Congresso Nacional. Depois disso, os parlamentares vão analisar as modificações propostas pelas bancadas e pelos destaques individuais.

Ramos sobre ações do PSL

Os deputados do PSL vão apresentar medidas que favorecem a segurança pública. De acordo com Ramos, é “surreal” que o partido de Bolsonaro coloque as corporações “acima do interesse maior, que é aprovar a reforma”.

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“Que eles destaquem capitalização, porque o governo quer insistir nisso, que eles destaquem desconstitucionalização ou temas periféricos, tudo bem. Mas eles destacarem pautas que têm impacto fiscal relevante é uma medida temerária para o bom andamento da reforma e para o resultado final da votação”, completou o presidente da comissão.

Ramos afirmou que o PSL é um dos partidos com mais destaques para ser analisados e isso vai atrasar a votação do texto da reforma.

De acordo com Ramos, nesta terça-feira (25), a comissão dará continuidade aos debates, seguindo o acordo com a oposição. Ainda faltam 77 deputados para falar antes da votação, que tem previsão de início na quinta-feira (27).

Segundo ele, a votação depende da articulação política conseguir uma maioria para aprovação do texto do relator. Ramos afirmou que está “otimista, mas cauteloso” em relação a votação ser concluída nesta semana.

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A cautela é referente ao texto da Previdência ser colocado em votação e acabar sendo rejeitado pelos parlamentares por conta de problemas de articulação entre Executivo e Legislativo.

Renan Bandeira

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