Grana na conta

Com dificuldade de pagar aluguéis, Polishop deve fechar metade das lojas, diz jornal

A Polishop, uma das maiores varejistas de eletrodomésticos do país, vai reduzir sua estrutura por causa da crise que vem enfrentando. Segundo o Valor Econômico, em 2022, os sócios já precisaram injetar recursos para equilibrar a estrutura de capital.

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Desde o ano passado, várias lojas da Polishop que não obtinham lucro foram fechadas, resultando em demissões e um plano de reestruturação das operações. Ao fim de 2021, eram 250 lojas – hoje são 120, mostra o levantamento do Valor.

Além disso, a varejista enfrenta ações de despejo de empresas como Multiplan (MULT3), Iguatemi Iguatemi (IGTI11), Ancar, Saphyr e Aliansce Sonae-BR Malls (ALSO3), por atrasos nos aluguéis. No total, segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, há 30 processos em andamento contra a Polishop, devido a dívidas, que incluem R$ 9,39 milhões em aluguéis atrasados.

O fundador e CEO da Polishop, João Appolinário, critica a posição dos shoppings nas negociações e diz que a empresa passa por uma reestruturação. “Depois de 2022, a ajuda do governo que existia foi acabando e os shoppings pararam de negociar descontos nos aluguéis e em outros custos, e o IGP-M, que reajusta os contratos, foi às alturas. Essas empresas de shoppings são grandes, de capital aberto, querem cobrar e acabou”, disse Appolinário ao Valor.

Outros motivos destacados pelo executivo para a crise é o impacto da pandemia de Covid-19 e o desarranjo na cadeia produtiva de produtos vindo da China. Fontes dizem que a venda bruta, na faixa de R$ 1,5 bilhão em 2018, caiu para R$ 60 milhões ao mês neste ano.

Para o futuro, Appolinário diz que pretende abrir um plano de franquias da Polishop, que deve ser lançado no próximo semestre. A expectativa é de que com a franquia a empresa reduza investimentos em inaugurações, caindo o desembolso de caixa imediato. “Franquia é um plano discutido há algum tempo, mas faltavam marcas mais fortes, que hoje já temos.”

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Polishop criou joint venture com Wiz (WIZS3) para vender seguros

No ano passado, a Wiz (WIZS3) celebrou contrato para desenvolvimento de uma joint venture com o grupo Polishop, para a comercialização de produtos de seguridade por meio dos canais de distribuição da varejista, com exclusividade pelo prazo de 10 anos contados do fechamento da operação.

A joint venture é formada por meio da constituição de uma nova sociedade pela Polishop (NewCo), seguida da aquisição, pela Wiz, de 50% do capital social votante e total da NewCo, pelo preço estimado de R$ 50 milhões, composto por uma parcela à vista, correspondente a R$ 20 milhões e três parcelas anuais variáveis, cada qual estimada no valor de R$ 10 milhões.

Segundo a Wiz, as parcelas de valor variável serão pagas nos exercícios sociais de 2024, 2025 e 2026 considerando o lucro líquido auferido pela NewCo nos exercícios sociais imediatamente anteriores aos correlatos vencimentos das Parcelas Variáveis e de acordo com as métricas acordadas na operação com a Polishop, que podem chegar a totalizar R$ 51 milhões, em caso de superação das metas previamente acordadas.

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Vinícius Alves

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