Desemprego cai 7,7% no trimestre; trabalho informal é realidade de quase 40% da população

A PNAD Continua Trimestral apresentou uma taxa de desocupação, termômetro do desemprego no Brasil, em queda de 7,7% neste terceiro trimestre de 2023. Entretanto, apenas três das 27 unidades federativas (UFs) tiveram uma redução nos valores.

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Segundo a publicação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desta quarta-feira (22), a redução na taxa de desocupação no país a 7,7% representou uma queda de 0,4 ponto percentual (p.p.) em comparação ao segundo trimestre deste ano (8,0%) e de 1,0 p.p. em relação ao mesmo trimestre de 2022 (8,7%).

Desemprego por estado brasileiro no terceiro trimestre

Comparando com o trimestre anterior, foi registrada uma diminuição nas taxas de desocupação em três das 27 Unidades da Federação (UFs):

  • São Paulo (7,8% para 7,1%);
  • Maranhão (8,8% para 6,7%);
  • Acre (9,3% para 6,2%).

Roraima, por outro lado, apresentou um aumento no desemprego (de 5,1% para 7,6%). Nas demais UFs, as taxas permaneceram estáveis.

As taxas mais elevadas de desocupação foram registradas na Bahia (13,3%), Pernambuco (13,2%) e Amapá (12,6%), enquanto Rondônia (2,3%), Mato Grosso (2,4%) e Santa Catarina (3,6%) apresentaram as menores taxas.

Gênero, formação e outros recortes da taxa de desocupação da PNAD Contínua

Em relação ao gênero, a taxa de desocupação no terceiro trimestre de 2023 foi de:

  • 6,4% para os homens;
  • 9,3% para as mulheres.

No recorte por cor ou raça, o desemprego foi abaixo da média nacional (7,7%) para os brancos (5,9%) e acima para os pretos (9,6%) e pardos (8,9%).

A taxa de desocupação para pessoas com ensino médio incompleto foi a mais elevada (13,5%), enquanto para aquelas com nível superior incompleto foi de 8,3%, mais que o dobro daquelas com nível superior completo (3,5%).

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Trabalho informal é realidade para quase 40% da população

No setor privado, 73,8% dos empregados tinham carteira assinada, com os maiores percentuais em Santa Catarina (87,8%), Rio Grande do Sul (82,7%) e Paraná (80,9%). Maranhão (49,9%), Piauí (52,3%) e Tocantins (52,7%) apresentaram os menores percentuais.

A população ocupada trabalhando por conta própria representou 25,5%, com Rondônia (34,0%), Maranhão (31,8%) e Pernambuco (31,0%) liderando os percentuais mais altos, enquanto Distrito Federal (19,0%), Mato Grosso do Sul (20,5%) e Tocantins (22,3%) registraram os menores, ainda que com valores consistentes.

Trabalhos informais registraram um total de 39,1% da população. Entre os estados que se destacaram pela sua taxa de informalidade estão o Maranhão (57,3%), Pará (57,1%) e Amazonas (55,0%). Santa Catarina (26,8%), Distrito Federal (30,6%) e São Paulo (31,3%) anotaram os menores valores.

No terceiro trimestre de 2023, 1,8 milhão de pessoas buscavam trabalho por dois anos ou mais, representando uma redução de 28,2% em relação ao mesmo período de 2022. Em comparação com o terceiro trimestre de 2012, esse número cresceu 26,8%.

O rendimento médio real mensal habitual cresceu em relação ao trimestre anterior (R$ 2.933) e ao mesmo trimestre de 2022 (R$ 2.862), atingindo R$ 2.982. No Sul (R$ 3.276) e no Sudeste (R$ 3.381), houve aumentos frente ao trimestre anterior, enquanto nas demais regiões permaneceu estável. Em relação ao terceiro trimestre de 2022, o rendimento cresceu nas Regiões Norte, Sudeste e Centro-Oeste. Nas demais, foi observada estabilidade estatística, demonstrou a PNAD Contínua do terceiro trimestre.

A pesquisa do IBGE que descreve os níveis de desemprego no Brasil e também as principais condições de trabalho atual foi divulgada nesta quarta-feira (22) pela manhã.

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Camila Paim

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