Grana na conta

PIB da zona do euro recua 12,1% no segundo trimestre

O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro recuou 12,1% em comparação com o primeiro trimestre deste ano, a pior queda trimestral desde 1995. Em relação ao segundo trimestre do ano passado, a queda foi de 15%, segundo dados divulgados pelo Eurostat, escritório de estatísticas da União Europeia (UE), nesta sexta-feira (14), confimando as informações da primeira leitura do indicador, divulgadas em julho.

Em referência ao bloco da UE, que contempla 27 países, o PIB recuou 11,7% no segundo trimestre em comparação ao período de janeiro a março deste ano. Na relação anualizada, a baixa foi de 14,1%. Os número vieram alinhados com as projeções de especialistas ouvidos pelo jornal “The Wall Street Journal”.

O resultado do período entre abril e junho, fortemente impactados pelos efeitos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), colocou o Velho Continente em recessão técnica, após dois trimestres consecutivos de retração na economia. No primeiro trimestre, a zona do euro havia registrado uma baixa de 3,6%, enquanto a UE reportou uma queda de 3,2%.

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Dentre os países que já divulgaram seus números de forma separada, o destaque negativo ficou por conta da Espanha, com uma retração de 18,5% na economia em comparação com o primeiro trimestre deste ano. A Polônia entrou em recessão pela primeira vez desde o fim do comunismo no país, com uma baixa de 8,9%. Algumas das maiores quedas são:

  • Portugal (-13,9%)
  • França (-13,8%)
  • Itália (-12,4%)
  • Alemanha (-10,1%)
Desempenho do PIB da zona do euro e UE, em comparação com o trimestre imediatamente anterior, desde 2008. Fonte: Eurostat

A crise do coronavírus também estimulou um aumento da taxa de desemprego da Europa. Segundo os dados divulgados pela Eurostat, o desemprego na área monetária do continente cresceu de 7,7% em maio, para 7,8% em junho.

O impacto no mercado de trabalho não foi mais intenso em função dos programas governamentais que pagam os salários dos trabalhadores afastados. Por mais que as companhias não tenham tido de arcar com a totalidade dos vencimentos dos colaboradores, a atividade econômica foi limitada por conta da pandemia, o que impactou o PIB do Velho Continente.

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Jader Lazarini

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