PIB do Brasil avança 1,4% no primeiro trimestre, com destaque para o Agro
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu (1,4%) na passagem do quarto trimestre de 2024 para o primeiro de 2025. As altas na Agropecuária (12,2%) e nos Serviços (0,3%) contribuíram para o crescimento. Já a Indústria apresentou pequena variação negativa (-0,1%).

O resultado veio levemente abaixo da mediana das estimativas do mercado financeiro, que eram de avanço de 1,5%, com intervalo entre 0,4% e 1,8%. Frente ao primeiro trimestre de 2024, houve crescimento de 2,9%, enquanto no acumulado dos últimos quatro trimestres, o PIB registrou elevação de 3,5%.
Em valores correntes, foram gerados R$ 3,0 trilhões, sendo R$ 2,6 trilhões referentes ao Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 431,1 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgados nesta sexta-feira (30) pelo IBGE.
Entre as atividades de Serviços, que têm peso de aproximadamente 70% da economia do país, houve crescimento em Informação e comunicação (3,0%), Outras atividades de serviços (0,8%), Atividades imobiliárias (0,8%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,6%) e Comércio (0,3%). Registrou-se estabilidade nas Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,1%) e queda em Transporte, armazenagem e correio (-0,6%).
No setor industrial, o IBGE destaca especialmente as indústrias de transformação e construção, que tiveram quedas no 1º trimestre de 2025 de 1,0% e 0,8%, respectivamente, frente ao 4º trimestre de 2024. Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (1,5%), e as Indústrias Extrativas (2,1%) tiveram desempenho positivo. O setor industrial corresponde a aproximadamente 25% do valor adicionado.
Pela ótica da produção, o setor de Agropecuária, com peso de aproximadamente 6,5% na economia, registrou crescimento de 12,2% em relação ao último trimestre de 2024. Pela ótica da demanda, destaque para a expansão da Despesa de Consumo das Famílias (1,0%) e a Formação Bruta de Capital Fixo (3,1%), enquanto a Despesa de Consumo do Governo (0,1%) registrou estabilidade.
Em relação ao setor externo, as Exportações de Bens e Serviços tiveram variação positiva de 2,9% enquanto as Importações de Bens e Serviços cresceram 5,9% em relação ao quarto trimestre de 2024.
PIB cresce 2,9% frente ao mesmo período do ano passado
Na comparação com o primeiro trimestre de 2024, o PIB teve crescimento de 2,9%. O Valor Adicionado a preços básicos apresentou elevação de 2,9% e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios avançaram em 2,9%.
Dentre as atividades, a Agropecuária cresceu 10,2% frente a igual período de 2024. Conforme o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE), divulgado no mês de maio, condições climáticas favoráveis impactaram o desempenho de algumas culturas. Entre os produtos com safra no 1º trimestre que apresentaram crescimento na estimativa de produção anual e ganho de produtividade, destacam-se: soja (13,3%), milho (11,8%), arroz (12,2%) e fumo (25,2%).
A Indústria apresentou alta de 2,4% em relação ao primeiro trimestre de 2024. Nesse contexto, a Construção (3,4%) teve a sexta alta consecutiva, com aumento da ocupação na atividade e da produção dos insumos típicos. Em seguida, a Indústria de Transformação (2,8%) foi puxada principalmente por máquinas e equipamentos, metalurgia, além de produtos químicos e farmacêuticos.
O avanço na atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (1,6%) foi puxado pelo consumo residencial. Já as Indústrias Extrativas (0,2%), registraram estabilidade, tendo sua variação positiva advinda da alta da extração de petróleo e gás, porém, com efeitos mitigados pela queda na extração de minério de ferro.
O valor adicionado dos Serviços cresceu 2,1% na comparação com o mesmo período no cálculo do PIB do ano anterior. Todas as atividades apresentaram alta: Informação e comunicação (6,9%), Atividades Imobiliárias (2,8%), Outras atividades de serviços (2,5%), Comércio (2,1%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (2,1%), Transporte, armazenagem e correio (1,1%) e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,5%).