PIB avança 1,2% no primeiro trimestre e retoma nível pré-pandemia

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,2% no primeiro trimestre deste ano, em comparação ao três meses imediatamente anteriores, na série com ajuste sazonal. Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 2,04 trilhões, segundo a divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (1).

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O resultado do PIB brasileiro ficou acima da expectativa do mercado, que estava entre alta de 0,7% e 0,9%. Com isso, a economia brasileira voltou ao patamar do quarto trimestre de 2019, antes da chegada da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

“Com o resultado do primeiro trimestre, o PIB voltou ao patamar do quarto trimestre de 2019, período pré-pandemia, mas ainda está 3,1% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica do país, alcançado no primeiro trimestre de 2014”, destacou o IBGE.

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Frente ao primeiro trimestre de 2020, avanço foi de 1%. Os números do Instituto mostraram que a economia do País iniciou o ano em expansão, mas em ritmo desacelerado, após avanço de 3,2% no quarto trimestre do ano passado.

PIB ainda busca recuperação e tem destaque de agropecuária e serviços

No acumulado nos últimos quatro trimestres, terminados em março de 2021, a economia foi contraída em 3,8%, comparado aos quatro trimestres imediatamente anteriores. A economia ainda não eliminou o tombo recorde de 9,2% registrado entre abril e junho de 2020.

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O PIB é uma amostra da soma do consumo das famílias em bens e serviços, os investimentos de empresas, os gastos do governo e a diferença entre exportações e importações. Os destaques do primeiro trimestre deste ano foram:

  • Importações: +11,6%
  • Agropecuária: +5,7%
  • Investimentos: +4,6%
  • Exportações: +3,7%
  • Construção civil: +2,1%
  • Indústria: +0,7%
  • Serviços: +0,4%
  • Consumo de famílias: -0,1%
  • Consumo do governo: -0,8%

“Dentro da nossa projeção, a principal surpresa foi em serviços, com destaque especial para transportes, que não chegou a recuar na margem”, comentou Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos. “Naturalmente, essa surpresa já encomenda um viés altista para recém alterada projeção de 3,5% do PIB para esse ano.”

O economista avalia que logo as projeções para a economia brasileira também devem ser reajustadas para cima. Por qualquer ângulo de observação, os números deste primeiro trimestre são bastante positivos, ressaltou José Mauro Delella, consultor econômico da Alta Vista Investimentos.

“Esse resultado sucede dois trimestres consecutivos de crescimento trimestral. O número é resultado em taxas de crescimento positivas sobretudo em agropecuária, indústria e serviços, mas todos os grupos tiveram um bom desempenho”, comenta. “Isso é notável por se tratar de um período em que houve agravamento da pandemia e consequente fechamento de algumas atividades.”

Embora ainda existam incertezas causadas pela pandemia, com a ameaça de uma terceira onda de contaminações, além de entraves à vacinação, indicadores econômicos têm surpreendido positivamente neste ano. O ministro Paulo Guedes disse na última semana que o PIB pode crescer de 4,5% a 5% em 2021.

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Jader Lazarini

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