Petróleo a US$ 100 é coisa do passado, diz Castello Branco

O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse nesta quarta-feira (30), que o preço do barril de petróleo a US$ 100 é coisa do passado. Contudo, o presidente da companhia afirmou que, lentamente, a demanda por petróleo deve registrar uma elevação de 1% ao ano a nível global nas próximas décadas.

Em evento na OTC 2019, feira global do setor de petróleo, Castello Branco declarou que espera o crescimento da demanda de gás natural e que, para isso, a Petrobras vem se preparando para ser a principal companhia no setor.

“O gás está ganhando espaço e assim como o petróleo vai se tornar uma commodity global”, salientou Castello Branco.

De acordo com o executivo, a demanda por petróleo crescerá 38% até 2040, o que fará com que a fonte continue como a principal geradora de energia no Brasil.

Leia também: Agenda do Dia: Magazine Luiza; Petrobras; XP; Copom; Fed

Ainda em 2040, o Brasil continuará tendo 56% da demanda concentrada em petróleo, enquanto a energia eólica será responsável por 15% do atendimento da demanda e a solar 11%, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) que foram utilizados por Castello Branco na OTC.

Redução de custos da Petrobras

Castello Branco também disse que continuará buscando a redução a redução de custos da companhia, além disso, expressou seu otimismo com a venda de metade de seu parque de refino para iniciativa privada, sendo concluída no ano que vem. “O Brasil vai ganhar oito novos players no refino”, afirmou o presidente da Petrobras.

Apesar de estar reduzido sua participação em algumas áreas, a companhia estatal continuará participando ativamente dos leilões de petróleo, mesmo com uma presença mais discreta do que antigamente, salientou o executivo.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2022/03/Banner-home1-1.jpg

No passado, em 2003 por exemplo, com o mercado que havia acabado de abrir à iniciativa privada, a Petrobras teve uma participação de 93% nos leilões de áreas de petróleo e gás natural do governo. Em 2018, essa posição caiu para 24%, o que exemplificou a nova postura da estatal e a entrada de mais concorrentes no mercado do País.

Rafael Lara

Compartilhe sua opinião

Receba atualizações diárias sobre o mercado diretamente no seu celular

WhatsApp Suno